Comparação de dois tipos de retalho para enxerto de tecido conjuntivo no tratamento de recessões gengivais: estudo clínico controlado randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Neves, Felipe Lucas da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/132944
Resumo: A recessão gengival é um problema altamente prevalente, podendo atingir até 100% dos indivíduos com mais de 50 anos de idade. A presença da recessão pode implicar no aparecimento de outros problemas, como hipersensibilidade dentinária, queixas estéticas, acúmulo de biofilme, cáries radiculares, lesões cervicais não-cariosas entre outros. O objetivo do presente estudo foi comparar, do ponto de vista clínico, estético e de parâmetros centrados no paciente, dois tipos diferentes de retalho para o enxerto de tecido conjuntivo no tratamento de recessões gengivais. Foram selecionados 42 pacientes apresentando recessão gengival, divididos nos grupos teste: cirurgia periodontal para recobrimento radicular por meio de retalho em túnel e enxerto de tecido conjuntivo e grupo controle: cirurgia periodontal para recobrimento radicular por meio de retalho trapezoidal e enxerto de tecido conjuntivo. Foram avaliadas a taxa de recobrimento, estética e conforto dos pacientes aos baseline, 3 e 6 meses após o procedimento. Após 6 meses, o grupo controle apresentou uma média de recobrimento de 87,2±27,1 % enquanto o grupo teste alcançou uma média de 77,3±20,4 % com diferença significante entre os grupos. O recobrimento radicular completo foi alcançado em 71.42 % das recessões tratadas com o retalho trapezoidal e em 28,57 % das recessões tratadas com retalho em túnel, com diferença estatisticamente significante entre os grupos. A média da RES foi 8,42±1,5 para o grupo controle e 7,81±1,91 para o grupo teste após o tratamento sem diferença entre os grupos. A análise da escala VAS mostrou uma menor morbidade associada ao retalho em túnel (p= 0,04). Pode-se concluir que o a técnica de retalho trapezoidal foi mais eficaz que a técnica de túnel em alcançar o recobrimento radicular. Entretanto a técnica de túnel foi associada a uma melhor textura gengival e maior conforto do paciente sendo uma valiosa opção de tratamento.