Efeito de estimulação elétrica no retalho posicionado coronariamente para tratamento de recessões gengivais: estudo clínico controlado randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Neves, Felipe Lucas da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180827
Resumo: A recessão gengival é um problema muito comum na clínica odontológica, podendo afetar até 100% da população. Mesmo as melhores técnicas cirúrgicas para recobrimento radicular apresentam certa variação em seus resultados, e muitas estratégias são usadas para acelerar o processo de cicatrização. Uma delas é a aplicação de uma estimulação elétrica local para ativar o reparo tecidual. O objetivo deste estudo foi avaliar clinicamente e através da quantificação de diversos biomarcadores, os resultados de 6 meses do retalho posicionado coronalmente (CAF), associado ou não à um protocolo de eletroestimulação (E) para o tratamento de recessões gengivais. Para isso, 60 pacientes portadores de recessões gengivais unitárias Classe I e II de Miller, foram divididos em 2 grupos: CAF+E (n=30): retalho avançado coronalmente seguido de estimulação elétrica e grupo CAF (n=30): retalho avançado coronalmente e estimulação SHAM. Os resultados clínicos e centrados no paciente foram avaliados no baseline e 6 meses após os procedimentos. O fluido crevicular dos sítios tratados foi analisado para citocinas, colagenases e seus inibidores. Aos seis meses, ambos os grupos obtiveram porcentagem significativa de recobrimento e redução da recessão, sendo de 79,4 ±27,2% para o CAF e 85,9±17,4% para o CAF+E (p=0,6). O recobrimento radicular completo foi obtido em 53% e 56% dos defeitos tratados com CAF e CAF+E, respectivamente (p=0,9). Aos 7 dias, pacientes do grupo CAF+E relataram menor desconforto pós-operatório (p=0,04). A expressão de IL-1β, IL-6, TNF-α e VEGF foi reduzida significantemente no grupo CAF+E aos 7 e 14 dias (p˂0,05), já a concentração das MMPs e TIMPs não mostrou diferença entre os grupos em nenhum dos períodos avaliados. A estimulação elétrica não apresentou benefícios adicionais quando associada ao CAF em termos de recobrimento radicular para o tratamento de recessões gengivais. Entretanto, o protocolo de eletroterapia utilizado promoveu menor desconforto pós-operatório e modulação favorável dos marcadores inflamatórios durante a primeira semana de reparo.