Legado da história da paisagem na estrutura das comunidades de riachos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Edineusa Pereira dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183386
Resumo: Esta tese busca entender a estruturação de comunidades de riachos em paisagens modificadas enquanto contabiliza possíveis assincronias entre ambas. Logo, ela questiona os pressupostos de que (i) é necessário incluir características das paisagens passadas para alcançar uma abordagem mais completa dos fatores estruturadores das comunidades atuais e (ii) alternativamente, de que lapsos temporais nas respostas das comunidades devem ser considerados para compreender a total magnitude dos efeitos de uma dada mudança da paisagem. Além disso, são explorados condicionantes relacionados à caracterização do histórico da paisagem, ao tipo de descritor da comunidade e à complexidade do sistema ecológico. Em seu primeiro manuscrito, esta tese confirma tais pressupostos enquanto apresenta o primeiro registro de respostas tardias de insetos aquáticos em região tropical. Nele, eu demonstro que padrões nas comunidades poderiam ser mais bem compreendidos quando o histórico é descrito com mais de uma característica (e.g., média histórica e trajetórias de perda e ganho de cobertura florestal) e que a detecção de respostas tardias varia de acordo com os descritores de comunidades estudados. Em seu segundo manuscrito, um modelo teórico foi testado admitindo múltiplas relações simultâneas e, predominantemente, indiretas para o sistema de estudo. Neste, além daqueles pressupostos, foram confirmados caminhos causais pelos quais a cobertura florestal e usos dos solos estruturam as comunidades. Com os caminhos são fornecidas evidências empíricas de que a montagem das comunidades de insetos aquáticos é afetada pela quantidade de floresta remanescente através da regulação das condições ambientais locais dos riachos e pelo arranjo recente e pretérito dos fragmentos florestais conforme sua influência sobre a conectividade espacial ao longo dos riachos. Assim, além de acrescentar elementos à ecologia de comunidades e à interpretação de distúrbios antropogênicos, tais achados abrem uma janela de oportunidade para tomadores de decisão. Pois, de um lado, eles assinalam a possibilidade para interromper futura perda de espécies decorrente de modificação recente da paisagem em sistemas fluviais e, de outro, alertam para a influência do histórico das paisagens para o sucesso de atividades de restauração.