Entre o riso e a morte: reflexões satíricas e filosóficas em as intermitências da morte (2005), de José Saramago

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Medeiras, Natália Kanashiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/253332
Resumo: Este trabalho possui o objetivo de analisar os recursos da sátira menipeia do romance As intermitências da morte, de José Saramago. O estudo identificou a utilização da sátira como modo de elaboração e abordagem para dissertar e refletir sobre a convivência do homem com a morte. O embasamento teórico deste trabalho são as leituras complementares que auxiliam no entendimento desta investigação, as obras de Soethe (1988), Hodgart (1969), Jolles (1976), entre outros autores que foram determinantes para esclarecer as manifestações satíricas identificadas no romance – a ridicularização, o rebaixamento e o mundo às avessas. O estudo ampara-se ainda em leituras das obras de Aguilera (2010), Berrini (1998), Reis (1998) entre outros para refletir sobre a produção literária de José Saramago. Desta maneira, a dissertação apresentará resultados que tratam da utilização dos recursos cômicos na obra saramaguiana como forma de contribuição quanto à possibilidade de a Literatura representar o processo de finitude para os leitores, corroborando na elaboração das reflexões sobre o luto e a angústia por meio do riso dirigido às distorções promovida pela sociedade em torno da morte. A obra As intermitências da morte, portanto, promove a consciência e a reflexão no leitor ao apresentar os comportamentos repreensíveis da sociedade contemporânea diante da morte: a recusa, o distanciamento, a patologização e o terror relacionado à finitude. Sendo assim, José Saramago coloca esses comportamentos sob uma lente crítica e, a partir disso, apresenta e questiona as motivações amplamente relacionadas ao tema da morte.