Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Liborio, Ricardo da Silva [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/258065
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Resumo: |
Fundamentos: Drogas com ação antiandrogênica são frequentemente utilizadas no tratamento da Alopecia de Padrão Feminino (APF), apesar do baixo nível de evidência que sustente esta recomendação. Há um crescente interesse no uso da bicalutamida para este fim. Entretanto, a eficácia da bicalutamida para tratamento da APF ainda não foi avaliada em ensaios clínicos randomizados. Objetivos: Avaliar eficácia, segurança, e tolerabilidade da bicalutamida na dose de 25mg/dia associada ao minoxidil oral na dose de 1 mg/dia comparado ao minoxidil 1mg/dia em monoterapia, por 24 semanas, no tratamento da APF. Métodos: Ensaio clínico randomizado, controlado, duplo-cego, envolvendo 74 mulheres, entre 21 e 59 anos, portadoras de APF (Sinclair II – IV). Pacientes que realizaram tratamento prévio para queda de cabelo nos últimos seis meses, hipertensas, cardiopatas, hepatopatas, nefropatas, com antecedente pessoal de câncer de mama, ou portadoras de outras causas de queda de cabelo não foram elegíveis para o estudo. Pacientes em idade fértil foram apenas selecionadas quando em uso de método contraceptivo de alta eficácia e sem planos gestacionais para os 12 meses subsequentes à data de inclusão no estudo. As participantes foram randomizadas (1:1) em dois grupos: bicalutamida 25mg/dia e minoxidil oral 1mg/dia (Grupo BM); ou placebo em cápsula oral uma vez ao dia e minoxidil oral 1mg/dia (Grupo PM), por 24 semanas. O desfecho primário consistiu na variação da densidade de fios da região-alvo. Desfechos secundários foram variação dos escores de avaliação clínica fotográfica, escala de qualidade de vida, escala de queda de cabelo, escala subjetiva de percepção de melhora de volume e de satisfação com o tratamento, frequência cardíaca, pressão arterial e efeitos adversos. Resultado: Sessenta e quatro participantes completaram o estudo, sendo 32 do grupo BM e 32 do grupo PM. Os grupos foram homogêneos quanto aos dados demográficos e a gravidade da APF. A variação da densidade de fios não mostrou diferença entre os grupos (p=0.71). Houve um incremento médio 18,1 (IC 95% 3,6-32,7) fios/cm² no grupo BM e de 21,5 (IC 95% 8,1-34,2) fios/cm² no grupo PM. Também não houve diferença entre os grupos na análise fotográfica (p=0.77), na escala de qualidade de vida (p=0.36) e nas escalas subjetivas de percepção de melhora de volume (p=0.73) e de satisfação com o tratamento (p=0.28). O grupo BM demonstrou uma redução mais acentuada nos escores da escala de queda de cabelo (p=0.04). O efeito adverso mais relatado foi hipertricose facial, com menor frequência no grupo BM (58,1%) comparado ao grupo PM (84.4%) (P=0.02) Não houve diferenças entre os grupos quanto à variação da frequência cardíaca, pressão arterial e demais efeitos adversos. Limitações: Estudo monocêntrico e período curto de acompanhamento (24 semanas) Conclusão: Bicalutamida na dose de 25 mg ao dia associada ao minoxidil oral 1 mg não promoveu melhora adicional no tratamento da APF quando comparada ao minoxidil oral 1 mg ao dia após 24 semanas. |