Administração de minoxidil por via oral e em baixa dose como estratégia de tratamento de alopecia de padrão feminino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Marcella Nascimento e lattes
Orientador(a): Raposo, Nádia Rezende Barbosa lattes
Banca de defesa: Mansur, Maria Cristina lattes, Oliveira, Gisele Viana de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13596
Resumo: Introdução: Alopecia de padrão feminino (APF) é a principal causa de perda capilar em mulheres. O minoxidil por via tópica é a única terapia aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA), porém devido a sua intolerância cosmética, a adesão ao tratamento tornou-se um problema. Portanto, minoxidil oral (MO) e em baixa dose vem sendo utilizado no tratamento da APF. Objetivos: Avaliar a eficácia e a segurança do MO em duas diferentes doses diárias (0,25 e 1,0mg) no tratamento da APF como estratégia para melhoria clínica, dermatoscópica e de qualidade de vida. Métodos: Foi conduzido um ensaio clínico duplo-cego em 30 mulheres entre 18-70 anos, com diagnóstico de APF nos estágios 2-5 de Sinclair. As mulheres foram aleatoriamente randomizadas para receber 0,25 mg ou 1 mg de MO, uma vez ao dia, durante 24 semanas. O desfecho primário foi a comparação da contagem de fios na área alvo previamente marcada com uma tinta de tatuagem e analisada com software ImageJ Fiji (ImageJ; US National Institutes of Health, Bethesda, Maryland, EUA). A eficácia do tratamento foi avaliada por meio de fotografia global padronizada; a qualidade de vida e os efeitos colaterais foram avaliados através de questionários autorreferidos. Resultados: 26 mulheres completaram o estudo, sendo 14 do grupo 1 (minoxidil 0,25 mg/dose). Ambos os grupos foram homogêneos quanto ao grau e tempo de alopecia. Apenas o grupo 2 (minoxidil 1 mg/dia) obteve uma melhora estatisticamente significativa na contagem de fios (p<0,001). Nestas pacientes, a variação média da contagem após o tratamento (23,58; IC 95% 15,57 a 31,59) foi considerada significativamente maior (p = 0,017) que no grupo 1 (6,78; IC 95% -3,94 a 17,51). Foi possível determinar uma equação de previsão da contagem de fios após 6 meses com a dose de 1 mg, sendo Y (quantidade de fios depois estimada) = 0,80x + 71,53 (quantidade de fios no início). A comparação fotográfica global demonstrou que as notas médias, independente do avaliador, do grupo 2 foram maiores (p = 0,036) do que o grupo 1. Ambos os grupos apresentaram melhora na qualidade de vida (p <0,001). A hipertricose facial foi relatada em dois pacientes do grupo 2. Conclusão: O minoxidil oral em baixa dosagem mostrou-se seguro e eficaz no tratamento da APF e a dose diária de 1 mg propiciou a melhora significativa na contagem de fios em relação a dose de 0,25 mg.