Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
BARBOSA, Círia Vieira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13973
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Resumo: |
A alopecia androgênica (AGA) é a mais comum das doenças crônicas dermatológicas e, entre os tratamentos utilizados para esta disfunção, o minoxidil (MNX) a 2% e 5% em soluções hidroalcoólicas tópicas apresenta sintomas relacionados à absorção sistêmica do fármaco, irritação do couro cabeludo devido ao álcool contido na formulação e retorno dos sintomas após interrupção do tratamento. O objetivo deste trabalho foi preparar, caracterizar e avaliar o perfil de liberação, a retenção no estrato córneo (EC) e nos folículos pilosos do MNX em lipossomas (LMNX) e destes lipossomas incorporados ao gel de hidroxipropilmetilcelulose (LMNX/HPMC). Estudos de estabilidade, difração de Raios-X (DR-X), espectroscopia no infravermelho (FTIR) e calorimetria diferencial exploratória (DSC) foram realizados para LMNX/HPMC (4 mg/mL). O perfil de liberação in vitro, retenção e permeação foi realizado em células de difusão de Franz, comparando-se às formulações LMNX e LMNX/HPMC a solução hidroalcoólica de MNX (20 mg/mL). A atividade promotora de crescimento capilar in vivo de LMNX/HPMC foi avaliada em ratos Wistar tratados por via tópica com os LMNX/HPMC e medicamento referência (Regaine®) a 2%. Análises de DR-X, FTIR e DSC sugerem interação fármaco-lipossoma e lipossoma-hidrogel. Porém, nos resultados da liberação in vitro, os coeficientes de difusão do MNX a partir de LMNX (D×10-6 = 4,8205±0,0451 cm2/s) e a partir de LMNX/HPMC (D×10-6 = 4,5900±0,0451 cm2/s) são semelhantes (p > 0,05) indicando que HPMC não interfere na liberação do fármaco. A retenção no EC in vitro apresentou-se na seguinte ordem decrescente: MNX em solução (19,05±1,58 μg/cm2) > LMNX (8,65±2,15 μg/cm2) > LMNX/HPMC (4,08±0,70 μg/cm2). Contudo, a retenção in vitro de MNX nos folículos a partir de LMNX/HPMC (2,42±0,77 μg/cm2) foi semelhante à obtida a partir da solução de MNX (4,40±2,81 μg/cm2) e significativamente menor que a obtida a partir de LMNX (14,60±4,47μg/cm2), possivelmente devido à maior habilidade de formulações lipossomais promoverem depósito folicular. Ao contrário do observado para o MNX em solução, a partir das formulações lipossomais, não foi detectada a presença de MNX no meio receptor. Nos estudos in vivo, o número de folículos por milímetro linear de pele apresentou-se na seguinte ordem decrescente: grupo referência (25,82±1,04) > LMNX/HPMC (20,97±0,46) > controle (11,79±0,25), indicando a grande eficiência de LMNX/HPMC, que apesar de possuir uma concentração de MNX vinte vezes menor que o medicamento referência, sua atividade foi apenas 19% inferior à deste. LMNX/HPMC foi capaz de prolongar a fase anágena de folículos dos animais, desde a primeira semana de tratamento (100% de folículos em fase anágena) e apresentou o menor tempo entre início e final do crescimento de novos pelos comparado ao produto referência e ao grupo controle. Portanto, conclui-se que o sistema lipossomal foi capaz de evitar a penetração de MNX através da pele, mostrou-se hábil em promover depósito folicular e que sua incorporação ao gel de HPMC não influenciou na liberação do fármaco, constituindo-se assim em formulações adequadas ao uso tópico do minoxidil. |