Raleio químico de goiaba cv 'Paluma': produção, qualidade de frutos e análise econômica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Marcelo de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/181391
Resumo: O manejo da goiabeira com o raleio manual de frutos garante a produção de frutos com melhor qualidade e maior valorização de mercado. Contudo, o alto custo de execução desta técnica e a diminuição da disponibilidade de mão de obra no campo sugerem a busca de alternativas rentáveis para viabilizar o agronegócio da produção de goiabas. Dentre as alternativas disponíveis, o raleio químico tem sido considerado como o mais promissor, pois é uma operação rápida que pode ser realizada em época mais oportuna, garantindo a produção de frutos de boa qualidade. Frente ao exposto, objetivou-se com este trabalho avaliar a produção, a qualidade de goiabas e a viabilidade econômica do raleio químico de frutos, em goiabeira ‘Paluma’. Para tal, o ethephon e a benziladenina foram aplicados em frutos de goiabeira cv. ‘Paluma’ com diâmetro médio de 18 mm, nas concentrações de 0, 150, 300 e 450 mg L-1 i.a., utilizando-se quatro repetições e duas plantas por parcela experimental. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em arranjo fatorial 2x4. Os efeitos dos tratamentos foram avaliados por meio da determinação da porcentagem de frutos raleados; número de frutos ramo-1; massa fresca, produção, eficiência produtiva e classificação comercial da goiaba; comprimento, diâmetro e formato dos frutos; espessura do mesocarpo e do endocarpo; rendimento do mesocarpo e do endocarpo; teor de sólidos solúveis; acidez titulável; índice de maturação; pH; teores de açúcares; ácido ascórbico; atividade antioxidante; polifenóis totais; flavonoides e pigmentos dos frutos. O custo de produção foi determinado pelos seguintes parâmetros: receita bruta, lucro operacional, índice de lucratividade, preço de equilíbrio e produtividade de equilíbrio. O uso de benziladenina e ethephon promove maior porcentagem de raleio químico na concentração de 450 mg L-1. No entanto, destaca-se o uso do de ethephon, uma vez que o uso deste regulador vegetal permite a obtenção de maior número de frutos dentro da classe valoração A, maior acidez, maiores conteúdos de antioxidantes, antocianinas e carotenoides nos frutos em relação à benziladenina, além do fato que as altas concentrações de benziladenina promovem efeitos fitotóxicos nas folhas e frutos. A maior porcentagem de raleio químico e massa fresca dos frutos correlaciona-se positivamente com o aumento das concentrações dos reguladores vegetais. Há correlação entre a redução de sólidos solúveis, índice de maturação e carotenoides das goiabas com a elevação das concentrações de benziladenina, enquanto a maior atividade antioxidante, maior teor de antocianinas e carotenoides correlaciona-se com as maiores concentrações de ethephon. A adoção do raleio químico na goiabeira ‘Paluma’ reduz o custo operacional total em R$ 3.569,90 e aumenta o lucro operacional em 7,57%, em relação ao sistema de cultivo com raleio manual. A produtividade de equilíbrio da goiabeira ‘Paluma’ como fruta de mesa foi atingida com 4,98 t ha-1, justificando economicamente a adoção do raleio químico de frutos.