Protocolos nutricionais para preservar as junções compactas do trato gastrointestinal e diminuir marcadores inflamatórios no sangue de bovinos confinados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Demartini, Breno Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Fat
Gut
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236422
Resumo: Esse projeto teve como objetivo avaliar o efeito do processamento do grão de milho em dietas com inclusão ou não de sais cálcicos de ácidos graxos protegidos da fermentação ruminal (SCAG), assim como de zinco e cromo sobre a morfometria e integridade do epitélio do trato gastrointestinal, marcadores de inflamação no sangue e teor de amido fecal de bovinos Nelore confinados. Foram utilizados 150 animais, machos, não castrados, com peso vivo médio inicial de 403,98 ± 23,82kg, blocados por peso. No dia 0 do período experimental, um animal por baia (n=30) foram abatidos como referência; e desta forma o estudo prosseguiu com 120 animais, divididos aleatoriamente em 30 baias (n=4 por baia). O período experimental foi de 112 dias, o qual incluiu 20 dias de adaptação e 92 dias de terminação com dietas de alto desempenho de acordo com os tratamentos: 1) Grão de milho seco finamente moído; 2) Silagem de grão úmido de milho (SGU); 3) Grão de milho seco finamente moído + SCAG; 4) SGU + SCAG; 5) SGU + SCAG + Zn e Cr. Monensina sódica foi adicionada à 25ppm em todos os tratamentos. Amostras de sangue e fezes foram coletadas durante o estudo para análises dos marcadores inflamatórios no sangue e teor de amido fecal, respectivamente, no início e ao final do estudo. Após os abates (referência e final), fragmentos do rúmen, jejuno e ceco foram coletados para análises da integridade do epitélio intestinal por meio de morfometria, histologia e imuno-histoquímica das junções compactas. Animais que consumiram SCAG apresentaram menores concentrações de alguns marcadores inflamatórios (haptoglobina, proteína ligante do LPS, proteína C-Reativa; P<0,05), assim como menores teores de amido fecal no dia 56 e menor consumo total de amido (P<0,05). Protocolos com uso da SGU + apresentaram menor ingestão de matéria seca (IMS), consumo total de amido, menor teor de amido fecal nas fezes dos dias 56 e 112 e ainda menores inflamações das zônulas ocludentes cecais (P<0,05). Diante dos resultados encontrados, os protocolos com inclusão da SGU não prejudicaram a permeabilidade/ barreira seletiva cecal, possivelmente por reduzirem a ingestão total de amido, porém, com a alteração do local de fermentação do amido para o rúmen, aumentou a incidência de rumenites. Os protocolos que utilizaram os SCAG reduziram as concentrações de haptoglobina, LBP e PCR no sangue, menores incidências de rumenites, provavelmente por menor ingestão de amido total, aliviando a fermentação ruminal. A introdução do Zn e Cromo orgânico não evidenciaram nenhuma melhora na saúde do TGI dos animais estudados. Com isso, neste estudo, protocolos com a introdução dos SCAG ou o processamento do milha em SGU se apresentaram vantajosos em promover saúde digestiva e animal.