Avaliação do efeito da midríase no resultado do teste do reflexo vermelho em recém-nascidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pinto, Renato Villarino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193558
Resumo: Introdução: A cegueira infantil se constitui em um sério problema de saúde pública e a prevenção é o melhor caminho para evitá-la. O uso do teste do reflexo vermelho (TRV), observação do reflexo pupilar nos dois olhos de forma simultânea, como parte do exame físico de rotina do recém-nascido, possibilita a detecção precoce de importantes afecções oculares que podem levar à cegueira. No entanto, a acurácia do teste é muitas vezes prejudicada pela falta de dilatação da pupila, aumentando o risco de falsos resultados alterados. Objetivo: avaliar o efeito da dilatação pupilar no resultado do teste do reflexo vermelho. Material e Métodos: Estudo transversal, realizado com recém-nascidos (RNs) de ambos os sexos, admitidos no berçário do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP, no período de setembro de 2018 a setembro de 2019. Os RNs foram submetidos ao TRV em dois momentos, pelo mesmo examinador: na primeira vez, pela técnica padrão sem dilatação pupilar e na segunda, com dilatação pupilar. Após a alta hospitalar todos os neonatos foram examinados por oftalmologista treinado para confirmar os resultados dos TRVs. Resultados: Foram incluídos 106 RNs no estudo (212 olhos). Na fase prédilatação, o teste do reflexo vermelho foi considerado normal em 127 olhos e alterado em 85. Após a dilatação, o número de testes normais subiu para 176 e o de alterados caiu para 36, demonstrando o benefício da midríase. No entanto, não foram detectadas alterações oftalmológicas após a avaliação do médico especialista nos 212 olhos, portanto nenhum teste deveria ter sido classificado como alterado. Não foram observados quaisquer efeitos colaterais locais e sistêmicos nos RNs devido ao uso do colírio midriático. Conclusões: O teste do reflexo vermelho realizado sob midríase mostrou acurácia superior à técnica tradicional sem dilatação pupilar e pode ser incorporado à prática clínica com segurança, porém a falta de treinamento do examinador pode comprometer a confiança no resultado.