Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Serdeira, Brenda Aryane |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/235674
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Resumo: |
Numa e a ninfa, terceiro romance do escritor brasileiro Lima Barreto, foi publicado em folhetins no jornal A Noite, entre 15 de março e 26 de julho de 1915, tendo sua gênese em um conto homônimo do autor, publicado em 1911 na Gazeta da Tarde, ao lado da incorporação dos dois primeiros fascículos de Aventuras do Doutor Bogoloff, uma narrativa inacabada que circulou no ano de 1912. Desse modo, a presente pesquisa busca a investigação de aspectos do processo criativo do romance, pois entendemos que há repetições de temas, figuras e, inclusive, de trechos daquelas duas narrativas na obra de 1915. Além disso, na medida em que verificamos que o romance visa escancarar a situação política da época e que nele há referências a políticos do momento e retrato de aspectos da vida republicana, especialmente do período das eleições do ano de 1910, é também objetivo da pesquisa identificar quais são estes fatos históricos e como movimentam o imaginário limabarretiano para a composição de sua narrativa ficcional. Tendo em vista a postura militante dos escritos de Lima Barreto, que objetivou a produção de uma obra de caráter crítico, de denúncia e combate, reconhecemos, portanto, o romance como uma sátira que visa desmascarar, sobretudo, a classe política e aspectos do Rio de Janeiro nas duas décadas iniciais do século XX, construindo personagens caricaturais e situações que suscitam o riso no leitor. Ademais, entendemos que o desenlace das situações da obra romanesca se dá através de esquetes satíricos, isto é, que a prosa limabarretiana é híbrida e se vale de procedimentos teatrais para cumprir com seu objetivo de desmascaramento da classe política e ridicularização de situações. |