Diários íntimos e literatura: a poesia de Carolina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Neme, Izabel Mano [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94081
Resumo: No século XVIII, com o advento da burguesia e o crescimento da população se iniciaram os escritos autobiográficos, mas foi apenas no final do século XIX que os diários puderam ser considerados como uma escrita de si mesmo. Todavia, foi ao longo do século XX, que essa escrita de foro íntimo adquiriu um status mais privilegiado, onde se incluem os diários, correspondências e autobiografias. Dessa forma, emergiram, definitivamente, os diários íntimos e, especialmente aqui, os de autoria feminina. Se os diários íntimos não eram considerados literatura, atualmente, após sua redescoberta, com a riqueza de sua narrativa, repletas de informações autobiográficas, históricas, sociais, saíram da alcova e ganharam o mundo tornando-se referência como fonte para pesquisadores das mais variadas áreas do conhecimento. Quase sempre guardados em segredo, escondidos em gavetas, caixas, baús, materializados em papel e tinta, os diários íntimos conquistaram na última década lugar de destaque como objetos de estudo nas academias. Este trabalho analisa os diários e apresenta o “fazer poético” de Carolina Martins de Mattos, uma mulher comum que buscou na escrita de poemas uma maneira de expressar seus sentimentos. Os poemas são distintos entre adaptações e composições próprias da autora e registram também toda sua licença poética ao demonstrar a maneira como ela interferia em poemas de outros autores, sempre trazendo os versos para a realidade de sua viuvez e o sentimento de solidão que acompanhou seu luto