Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Firbida, Fabíola Batista Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152638
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Resumo: |
A medicalização é um processo ideológico que transforma problemas de ordem social em biológicos e tem sido legitimada pela Psicologia em vários momentos históricos, para ocultar desigualdades sociais, colocando sobre o indivíduo a causa e a responsabilidade por seu “fracasso”. Atualmente se constata, na área educacional, um crescente número de crianças sendo medicadas com supostos transtornos de aprendizagem, evidenciando, assim, um período denominado de “Era dos Transtornos”. Buscando desvelar esse fenômeno, esta pesquisa analisou criticamente a relação do processo de patologização e a apropriação do conhecimento psicológico pela medicina no projeto de modernização da sociedade brasileira, bem como a medicalização da educação a partir do resgate histórico da formação do psicólogo no Brasil. Mais especificamente, o objetivo desta pesquisa foi verificar, junto a cursos de graduação em Psicologia, como os alunos estão sendo instrumentalizados a se posicionarem diante da problemática da medicalização. Nessa perspectiva, este estudo questiona: Os cursos de graduação têm refletido sobre esta temática? Quais eram as vertentes de discussão sobre a medicalização e as dificuldades de aprendizagem? Que abordagens serviram de fundamentação? A fim de responder a estas questões, realizou-se um estudo de campo com professores de cursos de Formação em Psicologia de três universidades públicas do estado do Paraná. Os Planos de Ensino dessas universidades foram analisados e procedeu-se às entrevistas com os docentes, priorizando-se os profissionais que ministram aulas na área escolar e educacional. Utilizou-se como fundamento teórico-metodológico a Psicologia Escolar Crítica pautada no materialismo histórico-dialético. Como recurso para organização e análise dos dados, empregou-se a análise de conteúdo proposta por Bardin, baseada na eleição de categorias temáticas. A análise dos resultados indicou que há predominância de uma postura crítica sobre a medicalização, preocupada em romper com o modelo patologizante, e um predomínio da abordagem da Psicologia Histórico-Cultural entre os profissionais entrevistados. Por outro lado, constatou-se na análise do fenômeno, uma aproximação com a medicação. Em uma das instituições participantes verificou-se que é na área clínica e institucional que a medicalização é abordada. Portanto, constatamos que nas Universidades pesquisadas a medicalização está sendo tratada pelos professores dentro de um posicionamento contrário a legitimação desta prática com destaque para o problema da medicação, da sociedade, da educação e da própria Psicologia. |