Saúde e educação: reflexões sobre o processo de medicalização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Bastos, Helivalda Pedroza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-25022014-164505/
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo estudar o processo de medicalização e patologização da educação através de entrevistas com psicólogos da rede pública de saúde e coordenadores pedagógicos de escolas públicas focalizando a intervenção desses profissionais nas dificuldades apresentadas no processo ensino-aprendizagem. Medicalização e Patologização entendidas como um processo ideológico que transforma problemas sociais em doenças de indivíduos. Trabalhamos com a região norte do município de São Paulo. Os psicólogos entrevistados atuam em Unidades Básicas de Saúde e os coordenadores pedagógicos em escolas públicas de ensino infantil, fundamental e médio. O método utilizado foi o qualitativo, sendo as entrevistas conduzidas de acordo com o preconizado por José Bleger. A análise desenvolvida utiliza o referencial teórico de Grupos Operativos, tal qual formulado por Enrique Pichon-Rivière. Os resultados apresentados desvelam as dificuldades enfrentadas pelos profissionais no cotidiano de trabalho, principalmente no que tange à estrutura e dinâmica institucional e à formação acadêmica. Como consequência identificam-se processos de medicalização e patologização da educação. Aponta-se para a necessidade de revisão das políticas públicas e melhor instrumentalização teórica e técnica dos profissionais. Indica existir um pacto denegativo entre as instituições que garante a preservação da ordem estabelecida, evitando a crise que toda mudança carrega e, com isso, impedindo a transformação