Influência da ingestão alimentar, composição corporal e indicadores bioquímicos sobre a disponibilidade energética em dançarinas de Ballet

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bernardino, Caroline [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144496
Resumo: A baixa disponibilidade energética, apresenta direta relação com problemas de saúde, podendo afetar desde sistema imunológico, muscular, ósseo, endócrino e reprodutor. Geralmente a preocupação com peso corporal por atletas, freqüentemente verificada em dançarinas, leva a mudanças no comportamento alimentar, sendo este considerado como principal fator desencadeador desde quadro. OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência do ingestão alimentar, composição corporal e indicadores bioquímicos sobre disponibilidade energética em dançarinas de ballet. MÉTODOS: Em estudo de delineamento transversal, 17 dançarinas de ballet (19,1+7,1 anos) foram inicialmente submetidas a avaliação do consumo alimentar, de forma quantitativa e qualitativa (Recordatório de 24 horas e Questionário de Frequência Alimentar), para posterior cálculo dietético e da disponibilidade energética. Adicionalmente foram submetidas a avaliação de composição corporal (Impedância Bioelétrica), do gasto energético de repouso (Fitmate) e análise de indicadores sanguíneos-bioquímicos. Os dados contínuos foram apresentados em média, mediana e desvio padrão e os categóricos em frequências e percentual. Para análise estatística foi utilizada correlação de Pearson e Regressão Múltipla Stepwise. (p<0,05). RESULTADOS: As dançarinas relataram auto percepção do estado de saúde classificada como boa, sendo que 52,9% já apresentaram quadros de amenorréia. Em relação a composição corporal apresentaram % de gordura elevado para dançarinas (24,5%) e sarcopenia (IMM=6,62kg/m²). 50% da amostra apresentou preocupação com o corpo, sujeitas a transtornos alimentares. A ingestão energética (1248±385 kcal/d) equivaleu a 56% do gasto energético total e a disponibilidade energética inadequada em 82,3% delas (22,48±13,1 kcal/kgMLG/d). A ingestão de carboidrato e a proteína apresentaram as maiores inadequações (94,8% e 83,2% respectivamente), a dieta pode ser considerada como variada (12,3) e de baixa qualidade (67,9 pontos pelo IAS). A disponibilidade energética apresentou correlação positiva com Massa muscular (kg), Valor calórico total (kcal), carboidrato, gorduras e proteína (p<0,05). As variáveis dietéticas mais influentes na disponibilidade energética foram carboidrato e proteína (g/kg) (r²= 0,88 e 0.95; p<0,05). Das variáveis bioquímicas, houve correlação positiva entre densidade calórica com ferro e colesterol (p<0,005), enquanto a variedade da dieta apresentou correlação negativa com Alanina aminotransferase e Índice de Alimentação Saudável com Aspartato aminotransferase (p<0.05). Assim, temos que a adequação nutricional, para suporte a modalidade esportiva, é de extrema importância. O ajuste na ingestão de macronutrientes, principalmente carboidrato e proteína, bem como na qualidade global da dieta, apresentam influencia direta na melhoria da disponibilidade energética e indicadores bioquímicos, otimizando desempenho físico e saúde das dançarinas.