Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Camila de Castro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181554
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Resumo: |
INTRODUÇÃO A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) na população pediátrica pode gerar consequências devido à hipoxemia intermitente, hipercapnia transitória e despertares frequentes. Como exemplo estão as repercussões cardiovasculares, alteração no crescimento pôndero-estatural, redução da atenção, da capacidade da memória, impacto na aprendizagem e na qualidade de vida. Ainda a literatura é escassa no que se refere à investigação da linguagem oral nas crianças com AOS. OBJETIVO Analisar as habilidades de linguagem oral receptiva e expressiva em crianças com Apneia Obstrutiva do Sono (AOS). MÉTODOS A presente tese foi desenvolvida em três fases, sendo cada uma composta por métodos específicos, contidos nos artigos apresentados no decorrer deste documento. 1ª fase – Investigação da literatura: correspondeu ao levantamento da literatura para se investigar os estudos já realizados sobre a linguagem oral em crianças com AOS, analisando esta possível relação, os protocolos de linguagem oral utilizados e os protocolos de qualidade de vida mais aplicados para a população brasileira. 2ª fase – Investigação Clínica: foi referente à avaliação clínica de 52 crianças com e sem queixas respiratórias, de 4 a 11 anos, aplicando protocolos para a investigação da: orelha média, linguagem oral expressiva (fonologia, sintaxe, semântica expressiva e pragmática) e receptiva (compreensão de instruções e semântica receptiva) e aspectos da motricidade orofacial. 3ª fase – Análise pelo Sleep Clinical Record: análise da amostra pelo protocolo Sleep Clinical Record. RESULTADOS 1ª fase – Investigação da literatura: Na literatura, foi possível averiguar poucos estudos investigando a linguagem oral em crianças com AOS, indicando possíveis alterações em alguns níveis de linguagem. Os estudos demonstraram investigações pontuais, sem considerar todos os níveis da linguagem oral, por meio de diferentes protocolos, dificultando comparações. Os protocolos mais usados no Brasil para investigar a qualidade de vida, foram o questionário OSA18 e o OSD-6. 2ª fase – Investigação Clínica: Em relação à avaliação de orelha média prévia à cirurgia de adenotonsilectomia, foi observada elevada ocorrência de alterações na timpanometria. Quanto aos hábitos orais deletérios foi verificada maior ocorrência e persistência do histórico de uso de chupeta e mamadeira no grupo com AOS, além da correlação do uso e da persistência do hábito de mamadeira com a gravidade da AOS. Avaliando-se a função respiratória, observou-se que o grupo AOS apresentou a permeabilidade nasal diminuída em relação às crianças sem AOS. A avaliação de linguagem expressou pior desempenho para o Grupo AOS 8 no que se refere à fonologia, sintaxe, semântica expressiva e receptiva, com significância para o nível fonológico. Ainda vale ressaltar que houve alta ocorrência de alteração de linguagem em pelo menos um nível comunicativo considerando os dois grupos estudados. 3ª fase – Análise pelo Sleep Clinical Record: Na extensão da tese, em parceria com a Sapienza Università di Roma, foi verificado que as crianças brasileiras com AOS apresentam escore SCR maior quando comparadas com crianças italianas. Além disso, quando se considerou a avaliação miofuncional orofacial em adição ao SCR, aumentou a sensibilidade e especificidade deste protocolo para se identificar crianças com risco para AOS. CONCLUSÃO Neste estudo pioneiro, verificou-se a possibilidade de alteração da linguagem oral em crianças com AOS, além de apontar grande defasagem no desempenho da linguagem nas crianças em geral. O presente estudo possibilitou integrar não apenas a atuação conjunta de diferentes profissões, mas também investigou a comunicação da criança com AOS de uma forma ampla, considerando os níveis da linguagem, bem como as condições auditivas e das musculaturas e funções orofaciais. |