A toponímia rural física de Araraquara/SP: um estudo sócio-linguístico-histórico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Leite, Jorge Augusto [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/295733
http://lattes.cnpq.br/1204973470988929
https://orcid.org/0000-0002-9415-7759
Resumo: O ato de nomear permite ao homem identificar, categorizar, singularizar e se apropriar do mundo que o cerca. Nessa perspectiva, inserida no campo de estudo da Onomástica, situa-se a Toponímia, disciplina que se dedica à análise dos nomes próprios de lugares. A presente tese tem como objetivo investigar a toponímia rural física, com foco nos nomes de rios, córregos e ribeirões mencionados em escrituras de propriedades rurais do século XIX no município de Araraquara-SP. A análise das fontes documentais busca compreender as motivações semânticas que influenciaram a atribuição desses hidrônimos, considerando aspectos linguísticos, culturais, históricos e geográficos. A metodologia envolveu a i) transcrição de 638 Registros de Propriedades Rurais do Município de Araraquara (1855-1858) em Edição Semidiplomática (Cambraia, 2005); ii) análise dos topônimos inventariados nas escrituras à luz da Toponímia (Backheuser, 1952); (Stewart, 1954) e (Dick, 1992); iii) observação e comparação dos rios presentes em mapas cartográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Instituto Geográfico e Cartográfico. Os resultados indicam que dos 134 hidrônimos identificados no corpus, para fins de análise, as taxionomias mais produtivas foram, em ordem decrescente, zootopônimos (34), hidrotopônimos (22), fitotopônimos (18), hagiotopônimos (11), litotopônimos (08), animotopônimos (12), sociotopônimos (4). Além disso, no que diz respeito à motivação semântica, observou-se que elementos de natureza circundante, como a água, fauna e flora, foram os aspectos motivadores predominantes de maior ocorrência. Em relação aos designativos geográficos conservados, mencionados nos registros de propriedades rurais, constatou-se que 47 se mantiveram ativos. Por fim, também foi constatada a influência dos hidrônimos na denominação dos nomes de alguns municípios, sendo eles: Córrego Bebedor, Ribeirão Bonito, Ribeirão do Dourado, Rio Boa Esperança, Rio Mogi-Guaçu, Rio Paraná e Rio Preto.