De Bracara Augusta a Braga: análise toponímica de um concelho português

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lima, Adriana Tavares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-01032013-125451/
Resumo: Sendo o estudo dos topônimos recurso para a compreensão de traços da língua e do homem denominador, o presente estudo foi concebido para oferecer contribuições relativas aos aspectos do meio físico e cultural em que esses nomes foram gerados, integrando-se ao Projeto Atlas Toponímico de Portugal (ATPor). Deste modo, este trabalho tem por objetivo verificar características semânticas de topônimos do concelho de Braga, Portugal, recuperando motivações transparentes e opacas que envolvem tais denominações, bem como analisar estruturalmente os nomes de lugar do mencionado concelho. Com base em trabalhos de Dick sobre teoria e análise científica de topônimos em suas variedades semânticas no Brasil (iniciados em 1980) e na aplicação destes conceitos por Carvalhinhos na toponímia de Portugal (a partir de 1998), reunimos apontamentos históricos e linguísticos referentes a questões particulares da Toponímia e, por extensão, da Onomástica como ciência dos nomes para determinarmos o perfil da motivação de nomes de lugares do concelho. O estabelecimento do corpus e a metodologia de trabalho pautaram-se em parâmetros de confecção de Atlas toponímicos, possibilitando sistematizar e quantificar dados para a descrição da toponímia local. Entre os quatrocentos e quarenta e três topônimos analisados, quatrocentos e dezenove foram classificados em taxionomias toponímicas, apontando um padrão motivador da dinâmica de denominação de entidades geográficas do concelho de Braga. A recuperação toponímica permitiu notar nomes relacionados ao período pré-romano e, sobremaneira, à época medieval, evidenciando aspectos do contexto físico e temas sociais que se referem aos séculos V a XII. De um lado, muitos nomes de lugares que procedem da natureza física refletem a geomorfologia, a vegetação e a constituição mineral do solo. De outra parte, modos medievais de demarcar propriedade, evidenciar os fatos sociais e a constituição de aglomerados humanos atuam na origem antropocultural da maioria dos topônimos do levantamento analisado. Nesse quadro, identificamos arcaísmos, revelando a manutenção de denominações no local.