Sífilis em pacientes acompanhados pelo Serviço de Transplante Renal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Almeida, Gabriel Berg de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183300
Resumo: Introdução: A literatura científica é escassa quanto à prevalência e ao manejo da sífilis em candidatos ao transplante renal (TxR). O presente estudo objetivou ampliar os conhecimentos sobre o assunto. Métodos: Série de casos que incluiu todos os inscritos em lista de espera para o TxR de centro único brasileiro entre 2013 e 2017, com diagnóstico sorológico de sífilis. Foi indicada avaliação oftalmológica e exame liquórico para todos os indivíduos. Os pacientes foram classificados de acordo com a forma clínica da sífilis e tratados segundo protocolos vigentes. Os dados demográficos, epidemiológicos, clínicos, laboratoriais e terapêuticos foram revisados por meio de prontuário eletrônico. Foi realizada análise estatística descritiva. Resultados: A prevalência da sífilis na população estudada foi de 3,3% (27/807). Dos 27 pacientes incluídos no estudo, 77,8% foram diagnosticados com a forma latente da doença e 22,2% com neurossífilis. A única alteração liquórica presente nos pacientes com neurossíflis foi a hiperproteinorraquia. A avaliação oftalmológica detectou comprometimento ocular da sífilis em um paciente assintomático. Onze pacientes foram transplantados, sendo que cinco destes não receberam profilaxia específica após o TxR. Não foi identificada reativação da doença dentro do período de acompanhamento mediano de 46 meses. Discussão: A soroprevalência da sífilis mostrou-se elevada na população estudada. A proporção da forma neurológica foi significativa, porém, não se podem descartar diagnósticos falso-positivos. A triagem oftalmológica foi eficaz em identificar a forma ocular da sífilis em paciente assintomático. A profilaxia específica pós-TxR para pacientes com tratamento prévio adequado parece desnecessária.