Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Alcantara, Aline Cunha Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=95863
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Resumo: |
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">O aumento da expectativa de vida da população elevou o número de idosos em hemodiálise e consequentemente de transplantados renais acima de 60 anos. A vulnerabilidade dos idosos e a imunossenescência predispõe aos riscos da exposição aos imunossupressores, levando a eventos adversos infecciosos e não infecciosos, afetando o enxerto e sobrevida do paciente. Analisar a imunossupressão nos receptores idosos de transplante renal no primeiro ano póstransplante. Metodologia: Tratou-se de um estudo tipo coorte retrospectivo de centro único, com grupo controle. Incluiu idosos, maior ou igual a 60 anos, e controles entre 30-50 anos, proporção de 1:2, transplantados entre 2013-2017 no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC). A coleta de dados baseou-se nos prontuários, avaliando parâmetros do receptor/doador, imunossupressores, eventos adversos e desfechos. Estudou-se 173 pacientes, 59 idosos (32,2% feminino e 67,7% masculino) e 114 controles (35,9% feminino e 64% masculino). Nefropatia diabética foi mais prevalente nos idosos (47,5%vs.7%; p=0,0001), assim como a doença cardiovascular (33,8%vs.14%; p=0,002) e maior porcentagem de indivíduos com mais comorbidades (59,3%vs.30,7%; p=0,0001). Idosos apresentaram maior número de mismatches Human Leukocyte Antigens (HLA) (p=0,001). No grupo controle houve mais transplantados com Anticorpo Doador Específico (DSA) com Média da Intensidade de Fluorescência (MIF) >500 (23,7%vs.8,5%; p=0,015). Idosos receberam mais rins de doadores acima de 50 anos (16,9%vs.5,3%; p=0,012). Tempo de internação hospitalar (TIH) foi maior nos idosos (22±16,3vs.17,8±11,4 dias; p=0,045). A dose total de Timoglobulina (ATG) não foi significativamente diferente entre os grupos. Corticosteroides, no esquema de manutenção, foram menos utilizados nos idosos (64,9%vs.18,6%; p=0,0001). A dose média do micofenolato no final do estudo foi menor nos idosos (10,9±8,7vs.14,9± 8,0mg/Kg/dia; p=0,008), já a relação nível/dose de tacrolimo (TAC) normalizada pelo peso foi maior. Leucopenia foi mais encontrada nos idosos (56,5%vs.35,6%; p=0,017), assim com uma maior taxa de infecções bacterianas/fúngicas (39,1%vs.24%; p=0,059) e por citomegalovírus (CMV) (44,7%vs.26,9%; p=0,034). Rejeição aguda do enxerto foi encontrada em 3,7% dos pacientes em ambos os grupos. Na análise multivariada a relação nível/dose de TAC se mostrou como variável independente associada a idade do receptor (p=0.027; OR: 1.004; IC 95%: 1.0004-1.007). Óbito foi mais prevalente nos idosos (15,1%vs.4,6%; p=0,021). Não houve diferença na sobrevida do enxerto (86%vs.92%; LogRank=0,22), porém a sobrevida geral do idoso foi menor (86%vs.95%; LogRank=0,03) em 12 meses. Conclui-se que receptores idosos de transplante renal, mesmo utilizado menores doses do micofenolato, esquemas sem corticóide e com diferenças na relação nível/dose de TAC, em comparação aos receptores jovens, apresentaram mais eventos adversos infecciosos e hematológicos, sem aumentar o risco de rejeição aguda, sugerindo que estes pacientes se beneficiem de uma menor exposição aos imunossupressores. Palavras-chave: Transplante renal. Idoso. Imunossupressão.</span></div> |