A noção de planos da linguagem na semiótica discursiva

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Castro, Carolina Mazzaron de
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Conteúdo; Expressão; Historiografia Linguística; Linguagem; Semiótica do discurso; Signo; Content; Expression; Linguistic Historiography; Language; Discursive Semiotics; Sign
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235249

Pretendemos, neste estudo, realizar uma investigação sobre a noção de planos da linguagem, que compreende a correlação do plano do conteúdo e do plano da expressão, na semiótica discursiva, visto ser considerado elemento indispensável às análises pretendidas por essa disciplina. A metodologia de análise da Historiografia Linguística, empreendida por pesquisadores como E. F. K. Koerner e P. Swiggers, será utilizada como alicerce para a construção desta pesquisa. Nosso córpus será composto de obras que contenham concepções teórico-metodológicas que envolvam os planos da linguagem, presentes desde as definições iniciais de signo (Saussure) e de função semiótica (Hjelmslev) até os trabalhos mais recentes da semiótica discursiva (Fontanille e Dondero). Dessa forma, além de identificar, definir, descrever e analisar como os planos da linguagem são caracterizados metodologicamente no decorrer do tempo, acreditamos que, por meio de uma pesquisa historiográfica, novas concepções sobre esse concento podem ser desveladas, contribuindo, desse modo, para o desenvolvimento da semiótica, ao mesmo tempo que nos permitirá enriquecer os debates sobre a análise do plano da expressão, tema central da disciplina na contemporaneidade. Desde Greimas, ainda na década de 1960, é sabido que a semiótica busca métodos gerais “compatíveis com qualquer outra pesquisa sobre significação” e, assim, a metodologia da disciplina vem se construindo com o objetivo de analisar o texto levando em conta a articulação entre um plano do conteúdo (nesse caso, o discurso) e um plano da expressão (o texto, verbal e/ou não verbal) que o manifesta. No entanto, nessa busca por elementos teóricos que dessem conta de observar qualquer tipo de texto, muitas definições e descrições foram feitas ao longo dos anos, principalmente sobre a noção de planos da linguagem. Assim, além de definirmos a noção do conceito para a teoria, periodizamos as mudanças de perspectiva desse conceito à medida que descrevemos sua evolução, continuidade, ruptura e interpretamos os dados coletados, tendo em vista o seu surgimento, a sua fundamentação e o seu desenvolvimento.