Avaliação da acurácia das escalas CALCULATE e Braden na predição do risco de lesão por pressão em unidade de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Saranholi, Taís Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153319
Resumo: Introdução: As lesões por pressão (LP) são áreas de lesões localizadas na pele, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultantes da pressão prolongada dos tecidos moles contra a superfície externa e estão frequentemente presentes nas unidades críticas de internação, portanto predizer quais os pacientes mais vulneráveis a este problema é fundamental. Existem diversas escalas de avaliação, que podem auxiliar no diagnóstico de um grupo de risco para LP. A Escala de Braden (EB) é um instrumento norte-americano para identificar o risco para o desenvolvimento de LP, sendo amplamente utilizada em diversos pacientes tanto no serviço de saúde quanto no domicílio. A escala CALCULATE foi desenvolvida especialmente para a utilização nos pacientes das unidades de terapia intensiva (UTIs), a partir de suas condições, resultando no risco alto ou muito alto para o desenvolvimento da LP. Objetivos: Comparar a acurácia da EB e da CALCULATE para predizer o risco de lesão por pressão em pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva e compará-las. Método: Estudo tipo coorte prospectivo e analítico. Realizado inicialmente concordância interpessoal da EB e da escala CALCULATE. Após isto, a coleta de dados foi realizada nos pacientes internados em uma UTI de adultos de um hospital público de referência, dentro dos critérios de inclusão, até surgimento da LP estágio 1, alta da UTI ou óbito. Foram coletadas dados referentes as características demográficas, clínicas, escores das EB e CALCULATE (nas primeiras 24h da internação e após a cada 48 horas), medidas preventivas adotadas e características das LP nos casos que desenvolveram este agravo. A concordância interpessoal entre os escores pelos enfermeiros foi avaliada pelo coeficiente de correlação intraclasse e o desempenho das escalas quanto à predição de LP foi realizado por meio da curva ROC e cálculo da área sob a curva, sendo considerado desempenho satisfatório quando a área sob a curva for maior do que 0,7. Resultados: Ambas as escalas foram reprodutíveis na concordância interpessoal realizada inicialmente. Foram incluídos 100 participantes, sendo 62% sexo masculino, média de idade de 59 anos (DP±17,4), com tempo médio de internação de 7 dias (DP±5,2). As medidas preventivas adotadas foram mudança de decúbito a cada 2 horas (99%) e hidratação da pele (100%). Apenas para alguns pacientes (39%) foi utilizado colchão tipo piramidal. Houve 37 LP em 35 participantes. O local que mais ocorreu LP foi na região sacral. A maioria das lesões foram de estágio 1 (24%). Como intervenção pós LP foi realizado a intensificação da mudança de decúbito. Outros desfechos dos participantes foram: 45 altas e 20 óbitos. O desempenho da CALCULATE quanto a predição de LP foi melhor do que a EB, com área sob a curva de 0,74 (IC 95% 0,64 - 0,83) e 0,61 (IC 95% 0,50 - 0,72) respectivamente. Conclusão: A escala CALCULATE apresentou melhor acurácia na predição de LP nos pacientes adultos da UTI, quando comparada com a EB.