A comicidade nas crônicas de Mário de Andrade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Facchin, Michelle Aranda [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/91520
Resumo: O presente trabalho é resultante do estudo da coletânea de crônicas de Mário de Andrade intitulada Os filhos da Candinha (2008). O livro contém 45 crônicas cujas temáticas principais são a cidade de São Paulo e a cultura popular brasileira, apreendida durante as viagens etnográficas do escritor para o nordeste do Brasil. Optamos por trabalhar com 5 crônicas do livro, dentre as mais folclóricas. São elas: “Bom jardim”, “Guaxinim do banhado”, “Macobêba”, “O Diabo” e “Rei Momo”. Todas as crônicas analisadas contêm um teor ideológico de valorização nacional muito forte, que faz parte do projeto de nacionalismo “consciente” defendido por Mário de Andrade. As crônicas selecionadas são fonte de divulgação da cultura brasileira, já que representam um modo de ser brasileiro, seja na língua, nos costumes que nos apresentam, principalmente, na crítica que trazem a respeito das questões de ordem cultural. Além disso, possuem características do conto, por conterem personagens, o aprofundamento do tempo como acontece na narrativa, incluindo nisso um tom crítico, que é configurado por meio da comicidade, presente na coletânea e por nós identificada como uma estratégia do escritor para realizar a crítica, exercício frequente conforme notamos pelas suas publicações. Assim como escreveu crítica de arte, de música e de obras literárias, em suas crônicas, identificamos que ele realiza uma crítica da cultura brasileira, dos costumes do povo brasileiro. Suas crônicas parecem dirigir-se não só para o leitor de jornal, mas para o leitor brasileiro que necessita despertar seu olhar para a cultura que o circunda, a fim de valorizá-la, enxergá-la de fato, podendo ou não aproveitar as influências que lhe são externas. Objetivamos, pois...