Uso do laser de baixa intensidade como potencializador da cicatrização de retalhos cutâneos tubulares de padrão subdérmico diretos empregados em coelhos (Oryctolagus cuniculus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Barata, Julielton de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180476
Resumo: Atualmente o retalho tubular de padrão subdérmico destinado à reconstrução da extremidade de membros é realizado de forma indireta, implicando em um processo de reconstrução composto por múltiplas fases de cirurgia. Além dos riscos inerentes a sucessivos procedimentos anestésicos, este processo pode levar ao aumento da morbidade do paciente e elevar o custo do tratamento, sendo que consequentemente, observa-se a subutilização da técnica na rotina em Medicina Veterinária. O presente estudo teve o objetivo de avaliar a ação do laser de baixa intensidade na preservação da vitalidade tecidual de retalhos de padrão subdérmico aplicados de forma direta para a reconstrução de defeitos na extremidade do membro torácico em coelhos. Quarenta coelhos foram divididos aleatoriamente em dois grupos com 20 animais cada, assim especificados: Grupo A – submetidos à técnica de retalho tubular de padrão subdérmico tratados com laser a cada 48 horas (GT) e Grupo B – submetidos ao mesmo procedimento cirúrgico, porém não receberam o tratamento com laser (GC). Os dois grupos foram subdivididos em quatro grupos com cinco animais cada, sendo nesses subgrupos realizado avaliações macroscópicas e eutanásia em diferentes dias no pós-operatório (4, 8, 16, e 22 dias de pós-operatório). Após a obtenção do retalho tubular, o material foi clivado na região de interface distal entre o retalho e leito receptor para avaliação microscópica. A análise dos dados evidenciou que tanto os animais do grupo GL quanto os animais do grupo GC apresentaram a maior parte do retalho tubular viável, mas a presença de necrose foi visualizada de forma frequente nos animais do GC aos 4 (p=0,0384) e 8 (p=0,0384) dias de pós-operatório. Houve também associação significativa (p<0,0001) entre neovascularização discreta e ausência de necrose nos animais do GL aos 4 dias. Aos 22 dias de pós-operatório a ausência de neovascularização estava associada (p<0,0001) a necrose discreta nos animais do GC. Dessa forma, é possível afirmar que o retalho tubular de padrão subdérmico direto pode ser empregado em coelhos, mesmo com um ângulo de rotação maior que 90 graus. Entretanto, há a necessidade de busca por estudos que comprovem a viabilidade da técnica empregada em outras espécies. O laser de baixa intensidade na dose e frequência empregadas neste estudo se mostrou eficaz em promover neovascularização e evitar complicações relacionadas a hipóxia e inflamação tecidual