Utilização de flap de omento para indução da cicatrização de enxertos cutâneos em suínos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pascoli, Ana Lucia de Carvalho Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152298
Resumo: O objetivo deste estudo foi verificar a indução da cicatrização de enxertos cutâneos em malha após a utilização de flap de omento transposto através de túnel no subcutâneo até o leito receptor em suínos, e observar as alterações no pós-operatório, em relação à cicatrização dos enxertos entre os grupos (grupo omento e grupo controle). Além disso, foi realizada a avaliação macroscópica (dias 3, 7, 10 e 14) e microscópica (14° dia) do enxertos dos grupos estudados. Foram utilizados 19 suínos e em cada animal foram realizadas duas feridas cirúrgicas de 4,0 x 4,0 cm, na região ventral do tórax, entre as mamas torácicas (M1 e M2). No lado direito (LD) foi colocada à porção de pele (enxerto) removida do lado esquerdo (LE), sem a presença do flap de omento entre o enxerto e o leito receptor. No LE, foi fixado um flap de omento entre o enxerto cutâneo removido do LD e o leito receptor. As avaliações macroscópicas dos enxertos foram realizadas considerando algumas características, como exsudação, coloração, edema, deiscência, tecido desvitalizado, secreção e integração do enxerto. Já nas microscópicas, foram avaliadas à proliferação vascular/angiogênese, células mononucleares, células polimorfonucleares, proliferação fibroblástica, colagenização, reepitelização, queratinização, hemorragia e edema. Em relação às avaliações macroscópicas foi verificado que o edema diminuiu gradativamente, sendo menor no dia 14, quando comparado ao dia 3 (p=0,006), em ambos os grupos. A deiscência foi maior no dia 10 em comparação aos demais dias (p=0,012), em ambos os grupos. O grupo controle apresentou maior incidência de tecido desvitalizado (p=0,004) que o grupo omento, porém sem diferença (p=0,213) entre os diferentes dias de avaliação. Foi verificada a presença de tecido desvitalizado em 32% dos enxertos com omento e 53% no grupo controle. Nas demais avaliações macroscópicas não foram observadas diferenças estatísticas. Na avaliação microscópica, foi observada que o grupo omento apresentou maior colagenização (p=0,017), reepitelização (p=0,024), queratinização (p=0,04) e menor edema (p=0,013), quando comparado ao grupo controle. Concluiu-se com esse estudo que enxertos cutâneos em malha evoluíram satisfatoriamente em suínos, mesmo em leito receptor recém-criado e sem presença de tecido de granulação, desde que vascularizado e que o flap de omento propiciou melhores resultados macro e microscópicos relativos à integração do enxerto, com maior qualidade e segurança.