Beckett, Craig, Zumthor: uma investigação vocal como prática da atuação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Andrade, Manuel Fabricio Alves de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Voz
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204600
Resumo: A partir de paralelismos conceituais e poéticos entre o teatro de Samuel Beckett e o conceito de Über-marionette de Edward Gordon Craig, no que se referem ao trabalho atoral, à luz das reflexões de Paul Zumthor acerca da “poesia sonora” e da performance vocal, formulamos o objetivo desta pesquisa: investigar uma prática da atuação vocal alicerçada na poética beckettiana, em diálogo com o pensamento de Craig sobre o ator e a atriz organizadas em torno de seu “über- marionette”, de Zumthor, acerca da “poesia sonora”, e do que ela propõe a um corpo/voz que se cria em performance. Trabalhamos aplicações práticas de estratégias numa pesquisa individual e, ainda, com alunos e alunas do curso do bacharelado em Artes Cênicas, os encontros foram registrados em vídeo, áudio e em diários de bordo. Os resultados foram observados a partir do referencial teórico sobre a preparação vocal para o teatro: Beuttenmüller e Laport (1974); Behlau (2001); Gayotto (1997; 2002); Guberfain (2004; 2005); Märtz (2002); Master (2005; Viola (2006). Percebemos que a prática nos proporcionou um entendimento mais aprofundado dos recursos vocais. Os alunos e as alunas que colaboraram conosco, relataram uma apropriação desse material e demonstraram que a aplicação das estratégias resultou na realização de performances vocais mais ricas em nuances. Para nós, as peças de Beckett podem ser encaradas como estruturas ou dispositivos inventados para colocar o ator e a atriz em um “estado” de atenção curiosa, tornando sua realização um processo autoinvestigativo acerca desse corpo e dessa voz que atuam.