Avaliação de pacientes com síndrome da apneia obstrutiva do sono, com e sem miopatia faríngea, utilizando neuroimagem cerebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Baima, Camila Bonfanti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194126
Resumo: Introdução: Elementos que prejudicam a anatomia das vias aéreas superiores ou a função muscular (por exemplo, neuromiopatia da faringe) contribuem para a síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS). A imagem estrutural do encéfalo pode diferir em pacientes com SAOS de acordo com a disfunção do músculo dilatador da faringe. A imagem por ressonância magnética (IRM) com morfometria baseada em voxel (VBM) e morfometria baseada em superfície (SBM) foi usada para investigar esta hipótese. Métodos: Um total de 29 pacientes com SAOS e 32 controles foram submetidos à IRM 3T encefálica. Imagens volumétricas em T1 foram utilizadas para análise estrutural. Foi realizada eletroneuromiografia faríngea; os pacientes com SAOS foram classificados como tendo ou não neuromiopatia faríngea associada. As análises VBM e SBM foram realizadas usando os softwares SPM12 e CAT12. O processamento da imagem era padrão. Parâmetros da superfície cortical e volumes de substância cinzenta e branca de participantes com SAOS com e sem neuromiopatia foram comparados com os de controles. Resultados: Dos pacientes com SAOS, 18 pacientes realizaram o exame de eletroneuromiografia faríngea, sendo que 11 apresentaram SAOS com neuromiopatia faríngea e 7 tinham SAOS sem neuromiopatia (eletroneuromiografia faríngea normal). Comparando esses grupos com os controles, a VBM revelou: quatro regiões (volume total de 15.368 mmᶟ) para pacientes com neuromiopatia, o maior grupo no cerebelo esquerdo (9263 mmᶟ, p = 0,0001) e três regiões (total 8971 mmᶟ) para pacientes sem neuromiopatia, o maior no cerebelo esquerdo (5017 mmᶟ, p = 0,002). Pacientes com SAOS com neuromiopatia apresentaram maior proporção de atrofia (p <0,0001). O SBM mostrou anormalidades em pacientes sem neuromiopatia [espessura cortical diminuída, giro pré-central esquerdo (672 vértices, p = 0,04); aumento da complexidade cortical, giro temporal médio direito (578 vértices, p = 0,032). Conclusão: As áreas danificadas foram maiores nos pacientes com SAOS e neuromiopatia faríngea comparados aos pacientes sem neuromiopatia, sugerindo diferenças no envolvimento encefálico. Pacientes com SAOS e neuromiopatia podem ser mais suscetíveis a danos encefálicos.