Plasticidade tecidual na junção miotendínea do tibial anterior e sóleo de ratos wistar imobilizados e submetidos à reabilitação articular aquática: análises morfológicas e morfométricas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barbosa, Juliana Cristina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181433
Resumo: A junção miotendínea (JMT) é a principal área anatômica do aparelho locomotor, uma interface entre o músculo e o tendão delimitada pelo sarcolema, que corresponde a principal área de transmissão de força atuante no posicionamento e estabilização articular. No entanto, a imobilização de um segmento é um recurso clínico no tratamento de lesões musculo-esqueléticas, que resulta em atrofia muscular, o que poderia indicar possíveis alterações na JMT. Em contrapartida, o exercício aeróbio tem a capacidade de modificar a morfologia da JMT e possui aplicabilidade em situações patológicas específicas com caráter preventivo e de reabilitação. O objetivo do presente estudo consistiu em analisar as possíveis alterações das características morfológicas da JMT do tibial anterior e sóleo de ratos Wistar adultos submetidos à imobilização e remobilização por protocolo de natação, empregando os métodos de Microscopia de Luz e Microscopia Eletrônica de Transmissão. Foram utilizados 35 ratos machos, com idade de 90 dias, que foram alocados em 5 diferentes grupos (n=7): Grupo Sedentário; Grupo Treinado; Grupo Imobilizado; Grupo Imobilizado/Não Treinado; Grupo Imobilizado/Treinado. Os animais de todos os grupos foram anestesiados e as amostras da JMT dissecadas. Estas amostras foram processadas para análises morfológicas por meio de técnicas de Microscopia de Luz e Microscopia Eletrônica de Transmissão. As características morfológicas do grupo Sedentário demonstraram na região da JMT as invaginações e evaginações sarcoplasmáticas que apresentaram formatos irregulares, e intercomunicações dispostas nesta região de interface paralelamente entre os feixes de miofilamentos em proximidade às linhas Z dos sarcômeros distais; No grupo Treinado foram observados na região da JMT invaginações sarcoplasmáticas espessas e amplas dispostas em contato com as evaginações; No grupo Imobilizado foi evidenciado na região da JMT aspectos característicos de atrofia do tecido muscular devido à ampla desorganização tecidual das células musculares; No grupo Imobilizado/ Não Treinado foi observado discreto remodelamento e reorganização na área da JMT, pela presença de delgadas fibras colágenas; No grupo Imobilizado/ Treinado foi evidenciado na área da JMT, a presença de longas fibras colágenas. Na região distal da célula muscular, foram observados a presença de sarcômeros em séries realinhados em relação ao eixo longitudinal da JMT. No músculo Tibial Anterior, os sarcômeros proximais do Grupo I/NT apresentaram comprimento maior em relação ao Grupo I e respectivamente ao Grupo I/T. Os sarcômeros distais do Grupo T apresentaram comprimento reduzido em relação ao Grupo S, e o Grupo I também evidenciou comprimento reduzido em relação ao Grupo S. No músculo Sóleo, os sarcômeros proximais e distais do Grupo T apresentaram comprimento reduzido em relação ao Grupo S, e o Grupo I também apresentou comprimento reduzido em relação ao Grupo S. A área da JMT apresentou amplas adaptações nas interdigitações provenientes do tecido tendíneo e uma maior área de contato quando submetida ao protocolo de treinamento de natação, em contrapartida houve redução da área de contato perante o protocolo de imobilização; a reabilitação articular pelo treinamento no grupo Imobilizado/ Treinado demonstrou uma reorganização maior dos sarcômeros em séries e reestabeleceu a área de contato entre o tecido tendíneo e o músculo esquelético, pela reestruturação das invaginações e evaginações, enquanto que o grupo Imobilizado/ Não Treinado evidenciou um discreto remodelamento.