Plasticidade tecidual dos sarcômeros e junção miotendínea de ratos submetidos à imobilização articular e remobilização aquática: análises histoquímica, ultraestrutural e morfométrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rocha, Lara Caetano [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191890
Resumo: A atrofia por desuso é caracterizada pela redução e perda de tecido muscular esquelético, é comum da utilização de imobilização articular no tratamento de lesões, e apesar de seus efeitos terapêuticos promove efeitos residuais em importantes mecanismos do aparelho locomotor, como nos sarcômeros em série que compõem o músculo estriado esquelético, e também na junção miotendínea (JMT), principal área anatômica especializada do aparelho locomotor, localizada na interface entre o músculo e o tendão, responsável pela transmissão de força. O treinamento aquático proporciona diversos benefícios ao indivíduo e foi utilizado como método de remobilização aquática para a reabilitação dos efeitos deletérios decorrentes da imobilização. O objetivo do presente estudo consistiu em descrever os efeitos da plasticidade tecidual na JMT do músculo gastrocnêmio de ratos Wistar adultos submetidos a imobilização articular e remobilização aquática por meio da análise de suas características histoquímica, ultraestrutural e morfométrica. Foram utilizados ratos com 90 dias, divididos em 5 grupos: Sedentário (S), Imobilizado (I), Treinado (T), Imobilizado Livre (IL) e Imobilizado Treinado (IT). Os grupos I, IL e IT foram submetidos a imobilização articular e os grupos T e IT ao protocolo de treinamento em meio aquático. A análise dos aspectos estruturais do ventre e JMT ocorreram através da técnica de microscopia de luz corada com Hematoxilina-Eosina e Picro-sírus, através da análise histoquímica de ATPase Miofibrilar foram identificados e mensurados a área de secção transversa (AST) e análise esteriológica da Densidade/Volume dos diferentes tipos miofibrilares, foram realizadas analises morfoquantivas das características ultraestruturais dos sarcômeros e JMT através da microscopia eletrônica de transmissão, e foram analisados a organização núclear da JMT através de Imunofluorescência. Observamos no grupo I alterações morfoquantitavas de atrofia muscular na organização da JMT, redução da AST e redução da área de contato. No grupo IL observamos lento reestabelecimento de organização dos componentes da região da JMT, com retorno da AST e aspectos dos componentes ultraestruturais da JMT com possível pré-disposição a lesões. Enquanto, no grupo IT observamos grande atividade celular na região miotendínea, aumento da AST, e extensa melhora dos componentes ultraestruturais das JMT que promoveram maior área de contato entre os tecidos muscular e tendíneo. Concluímos que a imobilização articular acarretou atrofia muscular por desuso, o período de remobilização livre decorreu em reestabelecimento em alguns parâmetros, enquanto a remobilização aquática demonstrou eficiente reabilitação dos efeitos deletérios da atrofia muscular para todo tecido muscular.