Aspectos topográficos na dinâmica espaço-temporal do saldo de radiação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Filgueiras, Roberto [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138000
Resumo: Devido ao fato da morfologia do terreno influenciar nas medidas radiométricas obtidas por sensores orbitais, o presente estudo teve por objetivo geral, analisar a dinâmica espaçotemporal do saldo de radiação (Rn), na Fazenda Experimental Edgárdia (FEE) pertencente a Faculdade de Ciências Agronômicas/ Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” FCA/UNESP, Botucatu-SP, levando-se em consideração a topografia da mesma, a qual apresenta relevo heterogêneo. Para essa análise foram processados dois métodos de correção topográfica, um que considera a superfície como um reflector lambertiano e outro não lambertiano. Para a estimativa do saldo de radiação, por meio das imagens orbitais, foi utilizada a metodologia do algoritmo SEBAL (Surface Energy Balance Algorithm for Land). Com intuito de avaliar a influência da topografia no cômputo do saldo de radiação, foram aplicadas três metodologias: sem correção topográfica (RnSem); correção cosseno (RnCos) e correção C (RnC). Essas metodologias foram aplicadas em 21 imagens da plataforma orbital Landsat-5/TM, durante os anos de 1985 a 2010. Após a correção das imagens, notou-se que as cenas correspondentes ao RnCos apresentaram sobrecorreção dos parâmetros para algumas porções das imagens, devido a essas regiões apresentarem ângulos de iluminação ( , em relação a normal da superfície, superiores a 69,62°, alcançando ângulos de até 76,11°, isto é, condições de pouca luminosidade. Devido à complexidade do relevo da FEE, a correção cosseno não foi eficaz na atenuação da influência topográfica. Já, para os valores de RnC, foi constatada uma redução média do desvio padrão de 5,97% das imagens sem correção, para as corrigidas pela correção C. Esse resultado foi atribuído como um indício da efetiva correção das cenas. Observou-se nas imagens RnSem da FEE que ocorreu uma tendência à valores elevados de saldo de radiação, de noroeste a sudeste dos mapas dos RnSem, região que encontrava-se sombreada. Essa tendenciosidade foi notoriamente reduzida nas imagens RnC, a qual foi uma comprovação qualitativa de que a correção C foi eficaz para atenuar os efeitos relativos a topografia da FEE para as imagens de saldo de radiação. Com o propósito de validar as estimações, os valores de saldo de radiação obtidos nas diferentes datas foram comparados, utilizando duas estações meteorológicas automáticas, os quais não apresentaram erros relativos maiores que 13,73%. Tais resultados evidenciam a importância da consideração do relevo, para atingir maiores precisões nas estimativas de parâmetros biofísicos com imagens orbitais e reiteram o potencial do SEBAL na estimativa de parâmetros relativos ao balanço de energia.