Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ordones, Flávio Vasconcelos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151136
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Resumo: |
Introdução e Objetivos: A insuficiência renal crônica (IRC) é considerada um problema de saúde pública, cujas incidências e prevalências estão aumentando. Atualmente,o transplante renal (TR) se constituiu no melhor tratamento para pacientes portadores de IRC estadio terminal. Embora o aperfeiçoamento dos regimes de imunossupressão tenha resultado em melhoras significativas na função renal precoce, a sobrevida do enxerto em longo prazo permanece subótima. Vários fatores podem interferir nesta evolução e a qualidade do órgão doado é um deles. Considerando-se características do rim transplantado, parece intuitivo supor que rins de maior volume apresentarão melhores taxas de filtração glomerular (TFG).De acordo com alguns autores, o volume e/ou a massa do enxerto parecem se correlacionar com uma melhor função renal no transplante com doador vivo, no entanto, pouco se sabe sobre doador falecido. Este estudo tem como objetivo primário correlacionar a estimativa do volume renal do rim do doador, obtida a partir da fórmula da elipsóide, com a função renal ao final de um ano de transplante, tanto em doadores vivos quanto em doadores falecidos. Materiais e Métodos: Trata-se de estudo prospectivo realizado na Faculdade de Medicina de Botucatu, envolvendo 256 transplantes realizados entre 2011 e 2015. Os rins foram medidos durante a cirurgia de banco e seu volume estimado através da formula do elipsóide, corrigida a posterior pela superfície corpórea.Os dados de volume renal e TFG, foram correlacionados, utilizando-se do Teste de Spearman. Uma análise multivariada foi realizada. Resultados: Dos 256 transplantes, 71 foram realizados com doadores vivos e 185 com doadores falecidos. E media de idade dos receptores foi de 37 ± 11 no grupo que recebeu rins oriundos de doadores vivos e 50 ± 13 anos no de doadores falecidos. A taxa de rejeição e infecção por Citomegalovirus(CMV) no primeiro grupo fois de 26,8% e 18,6%, com volume renal medio ajustado de 151,69±41,66 (cm3/1,73m2), tendo ao final de um ano uma media de TGF de 64,8 ± 23,9 ml/min. Houve correlação positive entre volume renal corrigido e TFG ao final de um ano (p=0,008 e r=0,311). Entre o grupo de doadores falecidos, taxas de rejeição e infecção por CMV foram 12,6% e 38,1%, com volume renal médio de 167,7 ± 55,1 cm3 e TGF de 53,97 ± 26,5 ml/min ao final de um ano. Também houve correlação positiva entre as duas variáveis (r=0,08 e p=0,279). Regressão linear mostrou Volume renal como fator independente associado a melhor função renal ao final de um ano. Conclusão: A medida do volume renal elipsoide, realizada durante a cirurgia de banco, tanto para rins oriundos de doadores vivos ou falecidos, correlaciona-se positivamente com a TGF ao final de um ano tanto para doadores vivos e marginalmente para doadores falecidos. No grupo de doadores vivos, rejeição e volume renal impactaram TGF ao final de um ano, enquanto que no grupo de doadores falecidos, a TGF foi influenciada por idade do doador, rejeição e volume renal. Um volume renal corrigido pela superfície corpórea menor que 140cm3 associou-se a pior função renal. |