Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Chini, Luiz Stanislau Nunes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/7115
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Resumo: |
Introdução. A Doença renal crônica (DRC) representa um problema de saúde pública mundial. Estudos sugerem que o diagnóstico precoce e o tratamento dos fatores de risco modificáveis são importantes para prevenir a evolução para a terapia renal substitutiva. Os previsores estabelecidos para o desenvolvimento da DRC incluem a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus. O ácido úrico (AU) está, com frequência, elevado nos pacientes com disfunção renal e já foi implicado como um fator de risco para o desenvolvimento de DRC. Objetivo. Analisamos a associação entre a hiperuricemia assintomática e o aparecimento da DRC. Métodos. Estudo de coorte retrospectivo envolvendo pacientes submetidos ao exame periódico de saúde em empresa de geração e transmissão de energia elétrica na cidade do Rio de Janeiro no período de 2008 a 2014. Aqueles com um seguimento menor que dois anos, com estimativa da taxa de filtração glomerular (eTFG) ˂ 60 ml/min/1,73m² no início da avaliação ou com dados incompletos foram excluídos. O desfecho foi definido como uma eTFG ˂ 60 ml/min/1,73m² calculada pela equação do Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI). Regressão logística foi utilizada para testar a associação entre as variáveis independentes e o desenvolvimento da DRC. Resultados. O estudo envolveu 1094 participantes. A prevalência de hiperuricemia foi de 4,2%. Houve uma correlação inversa significativa entre os níveis séricos do AU no início do estudo e a eTFG (R = - 0,21, P < 0,001). O período médio de seguimento foi de 5,05 ± 1,05 anos e ao final do estudo, 44 participantes desenvolveram DRC. Gênero feminino (razão de chance [RC] = 4,00; intervalo de confiança 95% [IC 95%] = 1,92-8,29, P < 0,001) e idade (RC = 1,06 por ano; IC 95% = 1,02-1,11, P = 0,004), mas não os níveis de AU (RC = 1,12 por mg/dL; IC 95% = 0,83-1,50; P = 0,465) foram associados com o aparecimento da DRC. Diabetes mellitus e IMC foram fatores previsores para progressão rápida (RC = 2,17; IC 95% = 1,24-3,80, P = 0,007 e RC = 1,04 por Kg/m²; IC 95% = 1,01-1,07; P= 0,020), respectivamente. Conclusão. Esses resultados não respaldam o UA como um previsor independente para o aparecimento da DRC na população estudada |