Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Lavezzo, Letícia Fernanda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191135
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Resumo: |
O mercúrio (Hg) é um metal potencialmente tóxico e não essencial para os organismos. Alternativas menos onerosas e ambientalmente corretas como a remediação com uso de plantas e bactérias podem recuperar áreas contaminadas. Por isso, avaliou-se, em ambiente controlado, o potencial de remediação de plantas e bactérias em Latossolo Vermelho eutroférrico (LVef) contaminado com HgCl2 em diferentes doses de Hg2+. Na primeira etapa, 5 kg de LVef foram contaminados com solução de HgCl2, em delineamento inteiramente casualizado com 4 tratamentos: controle positivo (sem Hg2+) e tratamentos com 5 mg kg-1 de Hg, 24 e 36 mg kg-1 de Hg2+, base seca, em 5 repetições e mantidos por 75 dias com plantas Hibiscus cannabinus para avaliar seu efeito remediador. A quantificação do Hg total foi por espectrofotometria de absorção atômica. O tratamento com 24 mg kg-1 de Hg apresentou fitomassa seca da raiz maior que dos demais. De modo geral, LVef foi responsável por reter maior concentração do Hg do que as plantas. O Hg acumulou em maior proporção nas raízes do que na parte aérea, sendo maior o acúmulo com aumento da dose. A planta que recebeu a dose de 36 mg kg-1 Hg acumulou 2,57 mg kg-1 de Hg por planta, diferindo dos demais tratamentos. Concluiu-se que o LVef adsorveu maior concentração de Hg do que as plantas. O H. cannabinus apresentou resistência a diferentes concentrações de Hg no solo e pode ser considerado como planta potencial estabilizadora de Hg2+, pois acumulou maior concentração de Hg nas raízes do que na parte aérea. Na segunda etapa, isolaram-se 180 microrganismos do solo da etapa anterior e apenas 12 sobreviveram, in vitro, a alta concentração de Hg e 5 foram escolhidas devido à facilidade de cultivo e características morfológicas para serem avaliadas como potenciais remediadoras de Hg associadas à planta de milho. Vasos com 2 kg LVef foram contaminados com HgCl2 sólido, em delineamento inteiramente casualizado com 6 tratamentos: controle (Hg e sem bactéria), tratamento 2 (Hg e bactéria 1), tratamento 3 (Hg e bactéria 2), tratamento 4 (Hg e bactéria 3), tratamento 5 (Hg bactéria 4) e tratamento 6 (Hg e bactéria 5) e 4 repetições. Todos os tratamentos receberam a dose de 36 mg kg-1 de Hg2+. A quantificação do Hg total foi por espectrofotometria de absorção atômica e a identificação das bactérias foi realizada por sequenciamento (Sanger). As bactérias foram identificadas como: Bacillus sp., Enterobacter sp. e Staphylococcus sp. A fitomassa seca da raiz e da parte aérea (PA apresentaram homogeneidade entre os tratamentos analisados. O tratamento 2 (com Enterobacter sp.) foi o que translocou maior quantidade de Hg para a PA, acumulando 0,25 mg kg-1 de Hg total por fitomassa de PA. O tratamento 6 (com Bacillus sp.) acumulou maior quantidade de Hg na raiz e na PA, totalizando 6,99 mg kg-1 de Hg total por planta. Concluiu-se que o LVef adsorveu maior concentração de Hg do que as plantas. O milho apresentou resistência à alta concentração de Hg no solo e o pode ser considerado como planta potencial estabilizadora de Hg2+, pois acumulou maior concentração do metal nas raízes do que na parte aérea. |