Tolerância e potencial fitorremediador de Crotalaria juncea em solos contaminados por boro, cobre e manganês.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mendonça, Gabriel Wanderley de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202510
Resumo: A contaminação do solo é um crescente desafio que causa a degradação de diversos compartimentos ambientais. O presente trabalho visou avaliar o comportamento da Crotalaria juncea, leguminosa tropical amplamente utilizada como adubo verde em solos contaminados por boro, cobre e manganês, e consequentemente, seu potencial de utilização como fitorremediadora. O experimento foi implantado em Janeiro/2018, em casa de vegetação do campus 2 da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Câmpus Ilha Solteira (Unesp), em um delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC) com 4 tratamentos compostos por doses de boro (0, 30, 60 e 120 mg.dm-3), 6 tratamentos compostos por doses de Cobre (0, 30, 60, 120, 240 e 480 mg.dm-3) e 7 tratamentos compostos por doses de manganês (0, 40, 60, 80, 100, 120 e 140 mg.dm-3). Foram analisados o crescimento (altura, diâmetro e número de folhas), massa fresca e seca da parte aérea e radicular, nodulação, trocas gasosas e pigmentos fotossintéticos, além de compostos do metabolismo de nitrogênio e indicadores do potencial de fitorremediação (quantificação de boro nos órgãos, acúmulo de biomassa e índice de tolerância). Crotalaria juncea teve o seu crescimento reduzido em altura de planta na dose de 60 mg.dm-3 de boro e biomassa fresca e seca na dose 120 mg.dm-3 de boro. Na dose de 120 mg.dm-3 de boro houve aumento da taxa de fotossíntese líquida, condutância estomática, transpiração e teor de nitrato, e redução no teor de clorofila B, clorofila total, carbono interno, aminoácidos solúveis, proteínas, ureídeos totais, ácido alantóico e alantoína. O aumento das doses de boro causou acréscimo na biomassa fresca de nódulos. Em solos contaminados por cobre, o crescimento foi afetado, bem como as concentrações de aminoácidos, proteínas, ureídeos totais, alantoína e massa fresca de nódulos. O aumento das doses de manganês levou a um aumento na concentração de aminoácidos solúveis e de ureídeos totais, alantoína e ácido alantóico. Podemos inferir que Crotalaria juncea é tolerante as doses moderadas de boro e de cobre, atuando como fitoestabilizadora, por acumular grande quantidade de boro e cobre em suas raízes, e altamente tolerante a manganês.