Desenvolvimento de metodologia para elaboração da carta de risco de desastres decorrentes de processos hidrológicos e geológicos em escala regional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pascoto, Tamara Vieira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257424
Resumo: É notável o aumento do número de desastres no mundo e um dos meios de minimizar suas consequências é através de diagnóstico prévio. Assim, a pesquisa visa desenvolver uma metodologia para a elaboração de uma carta de risco de desastres que considere o critério ambiental (suscetibilidade), o critério precipitação (juntamente com a suscetibilidade, avaliar o perigo) e o critério social (juntamente com o perigo, avaliar o risco). Para elaborar a metodologia, a área de estudo escolhida foi a localidade que compreende as regiões administrativas de Registro, Baixada Santista, São Paulo e São José dos Campos. O critério ambiental foi determinado por meio de fatores desencadeadores acessíveis em bancos de dados abertos: geologia, geomorfologia, uso do solo, declividade, elevação, TWI (Índice de umidade topográfica), orientação e distância até os rios. Após uma análise prévia da suscetibilidade de cada fator isoladamente, foram determinados modelos de suscetibilidade para a área de estudo usando a estatística bivariada, pelo método do Valor Informativo (VI). Para o critério social foi considerada a densidade demográfica, idade da população, índice de pobreza, alfabetização, gênero e raça. Com base nesses parâmetros foi determinado o Índice de Vulnerabilidade Social (SoVI) para a área de estudo por meio da estatística multivariada através da técnica de Análise Fatorial (AF). A pluviosidade foi analisada de três maneiras distintas: chuvas diárias, chuvas acumuladas de 3 dias e 7 dias que antecederam a ocorrência do evento. Para cada uma dessas considerações utilizou-se da classificação de Sturges e foi determinado a probabilidade de uma determinada chuva desencadear desastres. A suscetibilidade ambiental (S) e os dados da precipitação (C) foram cruzados por meio de uma matriz de perigo para determinar o perigo (P) da área de estudo. Posteriormente o perigo foi cruzado com os resultados obtidos da análise social por meio de uma matriz de risco (R). A fim de analisar a influência dos processos hidrogeológicos, todo o processo metodológico foi conduzido em três blocos distintos: desastres de caráter hidrológicos, desastres de caráter geológico e um terceiro produzido pela combinação destes parâmetros. A metodologia desenvolvida é válida para desenvolver cartas de risco, entretanto possui uma grande dependência do inventário de desastres, por esse motivo deve ser aplicada para locais em que a confiabilidade do inventário seja elevada. O estudo indicou que a análise conjunta dos desastres hidrogeológicos é válida para escalas pequenas, onde o nível de detalhamento não é elevado.