Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Barbeta, Nayla Brisoti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/238397
|
Resumo: |
Esta dissertação parte do pensamento e da perspectiva decolonial e, estabelece um diálogo entre a área da Comunicação e da Antropologia. As discussões aqui propostas permeiam temáticas, como construções e relações de gênero, interseccionalidade, subalternidade de mulheres indígenas enquanto os outros dos outros e o silenciamento estatal e midiático de povos originários, em especial, das mulheres Kaiowá do tekoha Ñande Ru Marangatu, sujeitos de estudo desta pesquisa. Este trabalho busca responder a questão-problema: “Como as mulheres Kaiowá interpretam o fazer jornalístico sul-mato-grossense, tal qual compreendem as representações criadas sobre elas e seu povo? E o que dizem elas sobre suas participações nas retomadas de Ñande Ru Marangatu, em 2015, no Mato Grosso do Sul, em contraposição às coberturas midiáticas realizadas no estado neste período conflituoso?”. Partindo dessa problematização, o objetivo geral deste trabalho é: analisar o fazer jornalístico sul-mato-grossense pela óptica do silenciamento e da produção de não-existências das Kaiowá, mediante as suas (auto)representações e a tessitura de seus relatos críticos e observações sobre o desempenho da imprensa ao noticiar o conflito; bem como pretende, especificamente, reconstituir a história da reocupação do tekoha com base na perspectiva feminina indígena. Para tanto, foram empregados e inter-relacionados os dispositivos metodológicos da Hermenêutica de Profundidade proposta por John B. Thompson (2011), a História Oral e a Observação Participante. A pesquisa realizada in loco, constatou a partir das narrativas orais, a percepção das Kaiowá referentes à(aos): invisibilização do coletivo e suas demandas; distorção de identidades e espetacularização dos acontecimentos; falta de contextualização e compreensão dos fatos e fenômenos sociais; e interesses de mercado e filiações políticas dos veículos midiáticos. Por fim, em uma tentativa contra-hegemônica de resistir e difundir suas causas, o movimento Kuñangue Aty Guasu desenvolve seus próprios conteúdos, alicerçado no net-ativismo. |