Educação escolar na prisão: para além das grades: a essência da escola e a possibilidade de resgate da identidade do homem aprisionado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Onofre, Elenice Maria Cammarosano [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/295677
Resumo: Este trabalho busca um aprofundamento das discussões existentes em relação às possibilidades e limites da educação escolar no sistema prisional. Como uma das possibilidades de influenciar positivamente a reinserção social, o estudo destaca a educação escolar, discutindo o que ela deve e o que pode fazer no interior das prisões. Seu princípio fundamental, que é por essência transformador, sugere o tempo espaço da escola como possibilidade, enquanto a cultura prisional, caracterizada pela repressão, pela ordem e disciplina, com o fim de adaptar o indivíduo ao cárcere, apresenta um tempo-espaço que determina mecanicamente as ações dos indivíduos. Partindo dessa contradição primeira, a investigação caminha no sentido de coletar dados que subsidiem a análise do papel que a escola pode desempenhar dentro das prisões. O recorte dos sujeitos para essa coleta incide sobre alunos e professores, visto serem eles os protagonistas do espaço educativo da sala de aula. Os dados obtidos são agrupados em focos de análise. Na visão dos alunos: o significado da prisão, o significado da escola, as causas do abandono da escola e o papel dos professores. Na visão dos professores: o significado da figura do professor e da escola, a sala de aula como espaço de aprendizagem de conteúdos úteis para a vida e as dificuldades encontradas na organização e funcionamento da escola na prisão. A análise feita permite repensar possíveis caminhos para as escolas das prisões. Embora inseridas em um contexto repressivo, elas desempenham a essência de sua função: mediadoras entre saberes, culturas e a realidade, oferecendo possibilidades que, ao mesmo tempo, libertem e unam os excluídos que vivem no interior das unidades prisionais.