Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Fávaro, Jéssica Daniele |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192047
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Resumo: |
A educação infantil permanece como uma etapa da educação muito aliada a figura feminina, principalmente pelo entendimento, durante muito tempo na sociedade, de que as mulheres teriam as características biológicas necessárias para essa função, pensamento justificado principalmente pela crença no instinto materno. Em contrapartida, a ideia de ter um professor homem realizando cuidados corporais nas crianças pequenas ainda hoje é motivo de grande estranhamento e preocupação na sociedade. Considerando isso, o presente estudo buscou analisar, na ótica dos professores do sexo masculino atuantes na educação infantil, as suas trajetórias, as expectativas e desafios referentes à profissão por eles escolhida, de forma criar subsídios para desconstrução da ideia de “divisão sexual do trabalho” e o ato de “cuidar” como algo inerente apenas ao gênero feminino. Para a construção desse estudo foi realizada uma pesquisa de caráter qualitativo, através de entrevistas semi-estruturadas e uma roda de conversa com três professores homens que atuavam na rede pública de educação infantil de um município do interior do estado de São Paulo. Após a coleta dos dados, as entrevistas foram agrupadas, tratadas e analisadas em categorias de análise. Através das análises e do suporte teórico que as nortearam, verificou-se que a presença do professor do sexo masculino no espaço escolar, ainda gera certo estranhamento e medo, uma vez que as famílias assim como alguns membros da comunidade escolar sentem receio do trabalho desses professores para com as crianças. A pesquisa apontou que esses professores no cotidiano da escola, em ações de ensino aprendizagem e cuidado, precisaram provar de maneira muito exacerbada sua capacidade para o trabalho, pois muitas vezes tinham sua aptidão profissional contestada, principalmente no trabalho com crianças muito pequenas. Diante das análises e resultados revelados espera-se que o estudo possa contribuir para que os homens como professores no ensino infantil, tenha cada vez mais espaço de atuação no âmbito escolar, social, científico e acadêmico, superando o estranhamento que o trabalho pedagógico de ser professor de educação infantil causa em toda a comunidade escolar, de forma a possibilitar instrumentos de desconstrução da educação infantil como somente ser uma profissão feminina. |