Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Belrose, Annick Marie |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/235317
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Resumo: |
O gênero autobiográfico, que inclui as diferentes formas de escrita de si, possui uma longa tradição. Seria, segundo Gusdorf (1980), uma prática própria da cultura do Ocidente, que expressa uma preocupação peculiar do homem e da mulher ocidentais, isto é, a reavaliação e a reconstrução da unidade de sua vida através do tempo. Essa preocupação, que foi útil nas conquistas coloniais, foi transmitida às pessoas de outras culturas através de uma forma de colonização intelectual, já que, nas culturas não europeias originárias, o indivíduo não existia fora do grupo e não se opunha aos outros. Com a colonização, portanto, o gênero se espalhou nas terras colonizadas. No âmbito da literatura das Antilhas Francesas, a autobiografia não se fez tão presente até os anos 90, do século XX, data a partir da qual se observou um aumento das publicações de obras com características autobiográficas, e nas quais alguns autores retratam, principalmente, a sua infância. Todavia, esses escritos antilhanos parecem contornar as características do gênero elaboradas, sobretudo, pelos pensadores franceses Georges Gudsdoff e Philippe Lejeune, que o fundamentam e que permitiram a sua inclusão no sistema literário. Nosso propósito neste estudo é analisar duas obras autorreferenciais do escritor martinicano Patrick Chamoiseau, defensor da Crioulidade, para averiguar quais são as transformações sofridas pelo gênero e qual concepção do mesmo que o autor propõe. Os resultados mostram que, ao crioulizar o gênero autobiográfico ocidental, Chamoiseau molda um gênero híbrido, mais adequado à identidade crioula, que decidimos designar sob o nome de conto autobiográfico crioulo. |