ENSINO DA LÍNGUA ESCRITA NO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: orientações didáticas à luz da Psicologia Histórico-Cultural e da Pedagogia Histórico-Crítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carvalho, Bruna [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/190725
Resumo: Se por um lado, há muitas pesquisas científicas acerca da alfabetização, por outro, ainda são escassas as produções teóricas e proposições para este campo do conhecimento que tenham como estofo teórico a pedagogia histórico-crítica e a psicologia histórico-cultural. Por defendermos o direito subjetivo e inalienável dos indivíduos apropriarem-se das mais ricas objetivações humanas, neste caso, a língua escrita é que escolhemos a alfabetização como objeto de pesquisa desta tese de doutorado. Levantamos a hipótese de que a organização lógica dos conteúdos da língua escrita é variável interveniente no processo de alfabetização, promovendo o desenvolvimento da capacidade de generalização e abstração necessária à aprendizagem da língua escrita e, a partir dela, o domínio de conteúdos e conceitos de outras áreas do conhecimento. A partir disto, estabelecemos como objetivo geral desta pesquisa: formular orientações de encaminhamentos didáticos para o ensino da língua escrita no 1º ano do ensino fundamental tendo como base a psicologia histórico-cultural e a pedagogia histórico-crítica. Para tanto, adotamos o seguinte percurso metodológico: exposição panorâmica do objeto de pesquisa, a partir da análise de dados oficiais a respeito do analfabetismo, analfabetismo funcional e desempenho na leitura e na escrita dos alunos em avaliações externas e de uma síntese dos métodos e teorias acerca da alfabetização; levantamento de pesquisas sobre o ensino da língua escrita elaboradas sob os fundamentos da pedagogia histórico-crítica e da psicologia histórico-cultural indicando os temas e assuntos já pesquisados e os que ainda demandam maior investigação e aprofundamento; proposição de encaminhamentos didáticos para o ensino e avaliação da língua escrita no 1º ano do ensino fundamental à luz do enfoque histórico-crítico; e por fim, explanação dos fundamentos teóricos a respeito da memória e da automatização das correspondências grafofônicas na apropriação da língua escrita. Para desvelar as mediações e as contradições internas do fenômeno em análise, adotamos, como método científico de investigação, o materialismo histórico-dialético e esperamos ter demonstrado, nesta pesquisa de natureza conceitual, como a dialética entre conteúdo e forma interfere no processo de apropriação da língua escrita; evidenciado a importância das mnemotécnicas e da automatização da relação grafema-fonema no processo de alfabetização; e contribuído à prática alfabetizadora histórico-crítica a partir dos encaminhamentos didáticos para a organização do ensino da língua escrita no 1º ano do ensino fundamental à luz dos fundamentos da psicologia histórico-cultural e a pedagogia histórico-crítica. Consideramos que a exemplificação dos referidos encaminhamentos auxilia o professor na compreensão e na transposição dos preceitos teóricos para sua prática pedagógica, e, com isso, ele próprio poderá criar outras estratégias adequadas de trabalho, garantindo processos efetivos de ensino e aprendizagem de uma das mais formidáveis objetivações do gênero humano: a língua escrita.