Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Soares, Lorrana Morelli [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/234797
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Resumo: |
A despeito das importantes contribuições teóricas produzidas pelas diversas ciências, em particular pela psicologia histórico-cultural e pela pedagogia histórico-crítica quanto ao papel determinante do ensino para o desenvolvimento infantil em suas máximas possibilidades, constatamos no cenário atual das creches no Brasil a persistência de alguns traços da concepção assistencialista e de práticas pedagógicas assistemáticas que deram origem a essas instituições. Por nosso intento e cientes de que o desenvolvimento psíquico acontece desde a mais tenra idade e não se dá naturalmente, mas por meio de um processo educativo que promove a apropriação da humanidade encarnada nas objetivações circundantes, neste trabalho analisamos os pressupostos teóricos da psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica que podem subsidiar práticas educativas comprometidas com um ensino desenvolvente nessa modalidade de ensino das creches. Para tanto, adotando como método o materialismo histórico-dialético, realizamos uma pesquisa teórico conceitual na qual tivemos por objeto as contribuições teóricas da psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica sobre a percepção e as possibilidades de seu desenvolvimento por meio do ensino escolar, objetivando extrair daqueles pressupostos diretrizes teórico-práticas para o planejamento e a organização de ensino, particularmente os que podem contribuir para o aperfeiçoamento da acuidade perceptiva em crianças de 1 a 3 anos. Buscando cumprir a trajetória de pesquisa descrita acima, dividimos esta dissertação em cinco seções. Na introdução apresentamos nossa trajetória profissional e acadêmica dando ao leitor a compreensão de como chegamos ao nosso objeto, bem como apresentamos o método e o delineamento da pesquisa. No primeiro capítulo discutimos o processo histórico de criação e desenvolvimento das instituições que deram origem às creches e à persistência do caráter assistencialista, indicando a pedagogia histórico-crítica e a psicologia histórico-cultural como instrumentos para a superação daquele caráter. Em seguida, no capítulo dois apresentamos os pressupostos teóricos da psicologia histórico-cultural sobre o desenvolvimento do psiquismo na primeira infância com destaque para a função da percepção enquanto função predominante nas crianças pequenas e extraímos desses pressupostos sínteses que se convertem em diretrizes teórico-práticas que podem orientar os professores na organização de um ensino desenvolvente na primeira infância. No terceiro capítulo, suportadas nessas diretrizes teórico-práticas apresentamos alguns conteúdos escolares e a forma de organizar as atividades das crianças que melhor podem contribuir para o desenvolvimento da acuidade perceptiva. Por fim, tecemos nossas considerações finais, concluindo que os estudos sobre o desenvolvimento psíquico se configuram para a psicologia histórico-cultural como conteúdo operacional e devem estar sob o domínio dos professores de creche, subsidiando suas práticas. Reafirmamos os pressupostos da pedagogia histórico-crítica como balizadores da promoção de uma educação infantil que rompa definitivamente com os modelos e práticas, de modo a se tornar um ensino que promova a humanização das crianças, possibilitando-lhes a compreensão da realidade e das possibilidades de nela intervir, corroborando, assim, a revolução social e a superação do modo de organização da sociedade atual. |