Processamento auditivo (central) em escolares das séries iniciais de alfabetização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Kemp, Adriana Aparecida Tahara [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138884
Resumo: Pesquisas que investiguem as habilidades auditivas em escolares são fundamentais, uma vez que não compreender auditivamente a mensagem pode interferir negativamente no processo de aprendizagem da criança. Sendo assim, os objetivos deste estudo foram: caracterizar e comparar as situações cotidianas de escolares das séries iniciais que possam indicar dificuldade referente ao processamento auditivo (central); caracterizar e comparar os testes comportamentais utilizados na avaliação do processamento auditivo (central) de escolares das séries iniciais nas etapas teste e reteste e; correlacionar as variáveis idade e gênero com os testes de processamento auditivo (central). Este foi um estudo do tipo coorte, analítico, observacional, longitudinal e prospectivo; desenvolvido em uma escola da rede pública de ensino de uma cidade de pequeno porte. Compuseram a amostra 36 crianças, de ambos os gêneros, subdivididos em dois grupos: grupo 1 (G1) - 13 crianças com idade entre seis anos e seis anos nove meses e; grupo 2 (G2) - 23 crianças com idade variando entre seis anos e onze meses e sete anos e dez meses. Este estudo foi realizado em duas etapas, denominadas teste e reteste. Na etapa teste enviou-se o questionário Scale of Auditory Behaviors (SAB) aos pais ou responsáveis e, realizou-se avaliação comportamental do processamento auditivo (central). Na etapa reteste, os participantes foram submetidos a nova avaliação do processamento, seis meses após o teste. Na análise inferencial, para comparar os resultados obtidos no teste e no reteste, após um semestre de alfabetização, aplicou-se o Teste dos Postos Sinalizados de Wilcoxon e para correlacionar as variáveis idade e gênero e os testes de processamento auditivo (central), utilizou-se a Correlação de Spearman. A análise do questionário SAB mostrou que os pais do G1 relataram que a criança pede para repetir as coisas e que os filhos são desorganizados e; no G2: a criança não entende bem quando alguém fala rápido ou abafado, pede para repetir as coisas e que são facilmente distraídos. A análise dos testes comportamentais do processamento auditivo (central) aplicados nas crianças das séries iniciais, em ambas as etapas, mostrou que o teste com maior prevalência de alteração foi o teste Dicótico de Dígitos. Cabe ressaltar que nenhuma criança do G1 e algumas do G2 não compreenderam o RGDT na etapa teste e, que mesmo após seis meses esta dificuldade se mantém para ambos os grupos. Na etapa reteste, notou-se melhora significante no número de testes alterados e, nos testes de localização sonora, dicótico de dígitos e RGDT. Na correlação entre os testes de processamento auditivo (central) e as variáveis idade e gênero, nas etapas teste e reteste, observou-se que a idade se correlacionou apenas com o teste dicótico de dígitos na orelha esquerda. Quanto ao gênero, este não se correlacionou com nenhuma variável. Foi possível concluir que a maioria dos pais das crianças referiram alguns comportamentos que indicavam dificuldade em processar a informação auditiva, porém esta frequência foi relativamente baixa. O teste comportamental do processamento auditivo (central) com maior prevalência de alteração foi o Dicótico de Dígitos, bem como notou-se melhora estatisticamente significante no número de testes alterados e de alguns testes no reteste.