Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Martins, Rita de Cássia Giriboni |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/215671
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Resumo: |
O processo da produção da fala envolve a integração das informações auditivas, somatossensorias e motoras no cérebro. Sendo assim, avaliar as habilidades auditivas em crianças com transtorno dos sons da fala (TSF) pode auxiliar no processo diagnóstico e terapêutico desta população. O presente estudo teve como objetivo correlacionar as habilidades auditivas com o desempenho perceptual na identificação de contrastes fonológicos em crianças com TSF. Trata-se de um estudo exploratório e transversal realizado no ano de 2020 em duas cidades do interior paulista. A amostra foi composta por 14 crianças, de ambos os sexos, com diagnóstico de transtorno dos sons da fala, estabelecido pelas provas de Fonologia, com levantamento da Percentage of Consonants Correct – Revised (PCC-R), e idade entre 7 e 14 anos. Foram utilizados os seguintes procedimentos: avaliação audiológica básica e comportamental do processamento auditivo central (PAC) e aplicação do PERCERFAL. O PERCEFAL foi empregado para a avaliação da identificação de contrastes fonológicos. A bateria comportamental do PAC foi composta pelos seguintes testes: Dicótico de Dígitos, Dicótico Não-Verbal, Padrão de Frequência, Padrão de Duração, Random Gap Detection TestRGDT e Logoaudiometria Pediátrica - Pediatric Speech Intelegibility (PSI). O desempenho dos indivíduos nos testes do processamento auditivo central e da identificação de contrastes fonológicos foram analisados pelo coeficiente de correlação de Pearson, que correlacionou as variáveis do desempenho perceptivo-auditivo (% de erros e acertos e tempo de reação) com o desempenho nos testes que avaliaram as habilidades auditivas. Adotou-se o nível de significância de 5% (0,050). Os resultados mostraram que a maioria dos indivíduos apresentaram alteração em pelo menos um dos testes que compuseram a bateria do PAC (92,8%), ressalta-se que apenas um participante apresentou as habilidades auditivas dentro dos padrões de normalidade. A análise estatística demonstrou correlação significante entre as variáveis % de erros e acertos e tempo de reação com alguns testes do PAC. A correlação entre as habilidades foi dependente da classe fônica. Na classe das oclusivas observou-se correlação entre a porcentagem de acertos e o Teste de Padrão de Duração (TPD) quando a resposta foi de imitação. No Teste de Logoaudiometria Pediátrica (PSI) o desempenho na orelha direita se correlacionou com a porcentagem de acertos na classe das sonorantes. Na classe das vogais, correlação significante entre o tempo de reação dos acertos e o Teste Dicótico Não-Verbal, escuta direcionada à direita e à esquerda. Observou-se também correlação entre o tempo de reação dos acertos e erros com o Random Gap Detection Test – RGDT, mais especificamente na frequência de 4000 Hz. Por fim, também houve correlação significante entre o tempo de 16 reação dos erros da classe das fricativas e o Teste Dicótico de Dígitos com escuta direcionada à direita. Pode-se afirmar que há correlação entre algumas habilidades do PAC e desempenho perceptivo-auditivo em crianças com TSF a depender da classe fônica, sugerindo uma possível interação entre os sistemas auditivo e sensorial. Destaca-se, porém, que a relação entre habilidades do PAC e desempenho perceptivo-auditivo em crianças com TSF não é de natureza linear ou isomórfica. |