Análise espaço-temporal da leishmaniose visceral humana no estado de São Paulo entre 2007 e 2020

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ederli, Daniel José Padovani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255361
Resumo: A leishmaniose visceral (LV) é a forma mais grave das leishmanioses. Em humanos, 95% dos casos, quando não tratados de forma adequada, resultam em mortes, além de ser considerada a doença parasitária mais propensa a surto. No ano de 2020, 90% dos casos notificados à Organização Mundial da Saúde concentraram-se em apenas 10 países, sendo o Brasil um deles. Já no continente americano, o Brasil foi responsável por 97% dos casos no mesmo período. Diante desse cenário preocupante, foi estabelecida no Brasil em 2012 a Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose, através da Lei nº 12.604/2012, com o objetivo de promover ações educativas e preventivas relacionadas à doença. No Estado de São Paulo, 273 municípios notificaram casos confirmados da leishmaniose visceral humana, acumulando no período de 2007 a 2020 um total de 2.743 registros da doença. O principal vetor responsável pela transmissão dessa doença é a uma espécie de flebotomíneos denominado Lutzomyia longipalpis, sendo os cães considerados as principais fontes de infecção para esses insetos no contexto urbano. Técnicas de geoprocessamento e análises espaciais desempenham um papel fundamental na saúde pública, permitindo uma compreensão aprofundada da distribuição geoespacial das doenças e seu comportamento ao longo do espaço-temporal. Desse modo, nesta pesquisa, foram realizadas análises e investigações para compreender a disseminação da leishmaniose visceral humana no Estado de São Paulo, bem como entender a distribuição espaço-temporal e os aglomerados dessa doença, utilizando o geoprocessamento e análise espacial. A pesquisa foi feita com os dados disponibilizados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/DATASUS) dos municípios paulistas que apresentaram casos de leishmaniose visceral humana no período de 2007 a 2020. As bases dos limites municipais, administrativos e sedes municipais foram obtidas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os procedimentos realizados neste trabalho são divididos em duas etapas. A primeira etapa consiste em aplicação de análises espaciais de eventos pontuais para estudar a distribuição dos casos de LVH e compreender sua disseminação e tendência no Estado de São Paulo no espaço-temporal. Na segunda etapa, foram realizadas análises de padrões espaciais de eventos agregados por área para entender os padrões de agrupamento dos casos de LVH, identificando a autocorrelação espacial da doença no Estado. Os procedimentos e mapas temáticos foram feitos nos sistemas de informação geográfica ArcGIS Pro e ArcMap.