Análise espacial, temporal e espaço-temporal da taxa de incidência de Leishmaniose Visceral, por Regiões Geográficas Imediatas do Brasil, de 2007 a 2020

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Farias, Júlia Birnie
Orientador(a): Pina, Maria de Fátima Rodrigues Pereira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/58997
Resumo: A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença infecciosa e sistêmica, considerada um grave problema de saúde pública. No Brasil, diversas epidemias urbanas foram observadas diferentes cidades, sendo precedidas pela ocorrência da Leishmaniose Visceral Canina (LVC) e, associadas a determinantes sociais e ambientais. O estudo tem objetivou analisar a distribuição espacial, temporal e espaço-temporal da LV, nas Regiões Geográficas Imediatas, entre os anos de 2007 até 2020, com base em dados secundários das notificações dos casos da doença no SINAN. Análises considerando a variável tempo foram realizadas através de um modelo de regressão Joinpoint, para investigar tendência e um modelo proposto pelo software EPIPOI, para sazonalidade. Quanto ao espaço, foram feitas análises espaciais exploratórias onde foram apresentadas as taxas de incidência de LV, considerando-se o ponto de corte do Ministério da Saúde, e calculados os Índices Espaciais de Moran Globais e Locais, com as mesmas taxas. E, finalmente, para analisar espaço e tempo conjuntamente, empregou-se a estatística de varredura no espaço e no tempo de Kulldorf e Nagarwalla. As análises temporais apontaram tendência de diminuição da taxa de incidência no Brasil, nas regiões Norte, CentroOeste e Sudeste, manutenção das taxas no Nordeste e aumento no Sul, além disso, a proporção de coinfecção LV/HIV e a letalidade apresentaram tendência de aumento. As análises espaciais e espaço-temporais encontraram cluster espaciais e espaço-temporais nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Norte e Sudeste, identificando-as como importantes áreas de transmissão da doença no Brasil. Portanto, reforçando que a LV não ocorre de forma aleatória no espaço e no tempo.