Dança experimental e psicologia social contemporânea: subjetivações nas cocriações com animais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Milioli, Danielle [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152351
Resumo: O argumento desta tese situa-se na composição entre criação em dança experimental com animais e pesquisa em Psicologia Social. Propomos que a ampliação da noção de sujeito e subjetivação, na articulação das Epistemologias Feministas nos Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade, em especial, os debates e pesquisas em torno dos Estudos Animais, potencializa tanto a Psicologia quanto a dança no tocante ao desenvolvimento de noções de sujeito e de subjetivação ampliadas que abarquem agenciamentos humanoanimais. Não se trata de um alargamento simples nem para a dança com a tradição da figura do dançarino e da dançarina humanos, nem para a Psicologia Social - externa aos contextos experimentais controlados do laboratório - cujo foco vem sendo as subjetividades humanas. Longe de uma relação experimentalista com animais, o que convidamos a pensar é numa experimentação no sentido forte do termo, ou seja, em sua multiplicidade. Na dança-pesquisa nos conectamos a prática feminista de contar e recontar histórias parciais das relações entre humanos e animais que funcionem como brechas nas histórias únicas que excluem os animais como atuantes das suas tramas, para encontrar modos de fala não antropocêntricos (DESPRET; STENGERS, 2012). Há muitas histórias acontecendo nas margens parcialmente domadas. Há muitas histórias sendo gestadas nos encontros entre humanos e não humanos que não necessariamente subentendem dominação, não necessariamente criam parentescos humano-animal fronteiriços. Contá-las é, para nós, engendrar transformações nos modos de viver individuais e coletivos que estamos criando; é inserir-se, enquanto pesquisadores e pesquisadoras em Psicologia Social, nas naturezasculturas que nos afetam e que, por isso, não podemos mais ignorar.