Trabalhadores docentes de Ciências da educação básica e o contexto de sofrimento-adoecimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Mayara Martins da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/217889
Resumo: Esta pesquisa tem como temática central a análise do fenômeno de sofrimento-adoecimento dos trabalhadores docentes de Ciências na educação básica, à luz do Materialismo Histórico Dialético e a partir dos pressupostos da Pedagogia Histórico Crítica e da Psicologia Histórico Cultural. Partindo da consideração da concepção marxista de trabalho, enquanto categoria fundamental, empreendemos um caminho investigativo na tentativa de desvelar as particularidades do trabalho docente, tendo em vista os princípios dialéticos e, portanto, compreendendo o fenômeno constituído e permeado por múltiplas determinações. Para tanto, esclarecemos, a partir da literatura, o que é o fenômeno do sofrimento-adoecimento docente, compreendendo-o a partir da determinação social do processo de saúde-doença. Abordamos o processo de proletarização e esvaziamento do trabalho docente determinado e estruturado, atualmente, pelas políticas neoliberais. Com o objetivo de compreender como se produz e reproduz o sofrimento-adoecimento e analisar a manifestação do fenômeno na categoria dos trabalhadores docentes de Ciências, a coleta de dados foi efetuada, por meio de questionários e entrevistas com trabalhadores docentes de Ciências da rede de ensino básico. No processo de análise, elencamos unidades de análise, buscando a compreensão dos dados a partir do referencial teórico-metodológico aqui apropriado. A discussão das unidades nos revelou a necessidade de defender a formação inicial e continuada de trabalhadores docentes no sentido de promover sua aproximação com referenciais pedagógicos críticos. Destacamos também a importância da coletividade enquanto resistência ativa à condição estudada, estruturada e inter-relacionada com a autonomia docente e as condições concretas de trabalho. Além da compreensão que o esvaziamento do trabalho docente é a expressão de um projeto político elaborado intencionalmente. Por fim, entendemos que o trabalho sob os moldes do modo de produção é gerador de contradições, determinando a alienação, promovendo a desumanização e o adoecimento dos trabalhadores.