Formadores de professores de Química e Pedagogia histórico crítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lôbo-Santos, Vânia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191814
Resumo: Este estudo analisa os conhecimentos necessários à formação de professores de química para a educação básica, tendo como referência a Pedagogia Histórico Crítica. Referencial que articula o trabalho pedagógico com as relações sociais, entendendo o processo de formação tendo por base o desenvolvimento histórico objetivo, orientando, portanto, o ensino de química a partir do princípio da totalidade das atividades humanas na realidade em permanente transformação. Para tanto, buscamos compreender os conhecimentos envolvidos no trabalho educativo dos professores formadores do curso de Licenciatura em Ciências Naturais de uma Universidade do Estado do Pará, no tocante ao ensino de química, no que se refere aos conhecimentos, às estratégias de ensino e às teorias que fundamentam essas práticas. Adotando-se como referencial metodológico o Materialismo Histórico Dialético, a problemática orientadora deste estudo foi abordar os conhecimentos necessários ao exercício do trabalho educativo na formação de professores de química a partir da perspectiva Histórico Crítica. As análises empreendidas pelo estudo demonstraram que os formadores valorizam o conteúdo específico de química para o entendimento do cotidiano e do ambiente em que o aluno está inserido, organizando o processo de ensino de forma tradicional, adotando, porém, ideários pedagógicos construtivistas que privilegiam a atividade dos alunos, seus interesses e conhecimentos espontâneos, refletindo os objetivos que almejam para este ensino a construção de conhecimentos acerca dos fenômenos da natureza para solucionar situações problemas do cotidiano, formando o aluno para sua adaptação ao mercado de trabalho. Esses ideários valorizam os saberes tácitos e experienciais do professor, desvalorizam a transmissão do conhecimento científico pelo docente, tomando a atividade do estudante como elemento central no processo de ensino e este, como atividade de pesquisa em que o aluno por si só constrói seu próprio conhecimento. A desvalorização da transmissão do conhecimento científico na formação de professores mostra o aspecto contraditório da sociedade capitalista em que o conhecimento elaborado é privilégio da classe dominante, necessitando aos professores a adoção de teorias pedagógicas que valorizem o processo de transmissão dos conteúdos científico culturais como patrimônio histórico humano, problematizando a prática social global como ponto de partida e de chegada do processo de análise do contexto auxiliando o professor a conhecer os condicionantes objetivos de sua prática de modo a permitir a ascensão dos formadores de uma concepção ingênua a uma perspectiva crítica a fim de ir além da reprodução social em direção à transformação da sociedade.