Possível ação citotóxica e imunomoduladora da geoprópolis associada à doxorrubicina sobre monócitos humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Lucas Pires Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154910
Resumo: O câncer é uma doença que atinge pessoas em diversos continentes, acarretando milhões de mortes anualmente. Os tratamentos antineoplásicos são conhecidos por sua ampla lista de efeitos colaterais como toxicidade, indução de resistência em células tumorais, falta de seletividade entre células normais e tumorais, além de acometimento do sistema imunológico com consequente aparecimento de infecções. Com o intuito de atenuar os efeitos colaterais causados pelos agentes antitumorais, a administração de produtos naturais concomitantemente com fármacos tem sido investigada. O presente trabalho foi delineado visando elucidar a possível ação citotóxica e imunomoduladora da geoprópolis (GEO) associada à doxorrubicina (DOX) em menor concentração sobre monócitos de indivíduos saudáveis. A análise da viabilidade celular foi realizada pelo método do MTT, a produção de citocinas (IL-1β, TNF-α, IL-6 e IL-10) por ELISA, a expressão de marcadores de superfície (HLA-DR, CD80, CD40, TLR-2, TLR-4) por citometria de fluxo. Também foi avaliada a atividade microbicida de monócitos frente ao desafio com Candida albicans, Escherichia coli e Streptococcus mutans, a expressão gênica por RT-PCR e a produção de proteínas por western blot. O ensaio de MTT demonstrou que nenhum dos tratamentos apresentou ação citotóxica. Monócitos incubados com GEO e com a associação GEO + DOX apresentaram produção de TNF-α e IL-10 aumentada, e produção de IL-1β e IL-6 diminuídas. Houve aumento na expressão de TLR-4 e CD80 após incubação com a associação, enquanto a GEO isoladamente induziu somente aumento da expressão de TLR-4. A ação bactericida dos monócitos foi aumentada frente ao desafio com E. coli. A atividade fungicida não sofreu alterações significativas pelos diferentes tratamentos, assim como a atividade microbicida contra S. mutans. A expressão gênica de LC3 e NF-κB foi inibida por todos os tratamentos, enquanto a expressão de fosfo-ΙκBα foi diminuída pela GEO, mas a associação manteve os níveis basais. Nossos dados permitem concluir que a associação não é citotóxica para monócitos humanos e possui ação imunomoduladora quanto à expressão de marcadores de superfície celular e produção de citocinas, sugerindo um possível perfil ativador da associação. Como implicações práticas, a utilização da associação permitiria reduzir a concentração de uso da doxorrubicina e os efeitos adversos causados pelo tratamento quimioterápico.