Ação imunomoduladora da própolis na apresentação antigênica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Conte, Fernanda Lopes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148927
Resumo: A própolis é um produto resinoso, elaborado pelas abelhas a partir de diferentes partes das plantas, e se destaca por suas inúmeras propriedades biológicas, e pela possibilidade de aplicação na indústria farmacêutica. Recentemente, nosso grupo tem estudado sua ação sobre monócitos – células do sistema fagocítico mononuclear que exercem importante função na resposta imune. Neste projeto, visamos investigar a possível ação moduladora da própolis na apresentação de antígenos por monócitos humanos, utilizando um antígeno infeccioso (subunidade B da enterotoxina termolábil de Escherichia coli - EtxB), um antígeno tumoral (MAGE-1), o ácido retinóico (AR) e lipopolissacarídeo (LPS), simultaneamente ou não a própolis, avaliando o possível efeito citotóxico dos tratamentos, a expressão de receptores celulares (TLR-2, TLR-4, HLA-DR, CD40, CD80) e a produção de citocinas (TNF-α, IL-6, IL-10 e IL-12). A modulação da autofagia foi avaliada através da expressão de genes que codificam as proteínas Beclin-1 e LC3-II, utilizando a rapamicina simultaneamente ou não a própolis. A própolis não alterou a viabilidade dos monócitos humanos e exerceu efeito citoprotetor nas células incubadas com os estímulos. A própolis manteve a expressão basal dos receptores de superfície celular; porém, em associação com MAGE-1 e LPS, diminuiu a expressão de CD40 estimulada pelos antígenos isoladamente. Em associação com AR, a própolis manteve a ação do antígeno sobre os receptores. Já a associação da própolis com a EtxB, reduziu a expressão de TLR-4, CD40 e CD80. A própolis inibiu a produção de TNF-α (associada com EtxB e MAGE-1) e IL-6 (associada com AR e MAGE-1), e aumentou a produção de IL-10 (associada com MAGE-1). A própolis, isoladamente, não estimulou a expressão dos genes que codificam Beclin-1 e LC3-II, mas sua associação com rapamicina inibiu a expressão gênica induzida pelo fármaco, sugerindo sua capacidade inibitória sobre a autofagia. Nossos resultados sugerem que a própolis exerceu ação imunomoduladora na presença de antígenos, favorecendo respostas anti-inflamatórias. Ademais, seu efeito modulador na apresentação antigênica é independente da autofagia. Esses resultados abrem perspectivas para o uso da própolis no auxílio do tratamento de condições inflamatórias.